Atenção psiquiátrica pelo SUS será debatida em comissão

O descredenciamento, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de hospitais psiquiátricos vai ser debatido pela Comissão de ...

28/04/2006 - 00:01
 

Atenção psiquiátrica pelo SUS será debatida em comissão

O descredenciamento, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de hospitais psiquiátricos vai ser debatido pela Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na próxima quarta-feira (3/5/06), às 9h15, no Plenarinho I. O requerimento foi apresentado pelo deputado Carlos Pimenta (PDT), que quer discutir ainda a atenção psiquiátrica no Estado e os problemas causados pela atual legislação que não permite a internação de pacientes psiquiátricos.

Desde a aprovação da Lei 11.802, que dispõe sobre o tratamento manicomial, há dez anos, a abordagem desse tratamento mudou, mas os especialistas reconhecem que há muito a ser feito. Uma das determinações da lei, também conhecida como Lei Carlão, em homenagem ao autor do projeto que lhe deu origem, o ex-deputado e atual vereador na Capital Carlão Pereira, é a extinção progressiva dos hospitais psiquiátricos. Em 1995, havia cerca de 8 mil leitos psiquiátricos em Minas; hoje, ainda existem 3.259, sendo 1.616 ocupados por pacientes de longa permanência, internados há mais de dois anos. Ainda há 20 hospitais psiquiátricos no Estado, em Alfenas, Barbacena, Belo Horizonte, Divinópolis, Ituiutaba, Juiz de Fora, Lavras, Leopoldina, Passos, São Sebastião do Paraíso, Uberaba e Vespasiano. Três deles são públicos e os outros 17 são conveniados ao SUS.

Outra determinação da lei é a criação de serviços alternativos para tratamento dos portadores de transtorno mental. No Estado, existem 74 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que atendem pacientes com transtornos mais graves; quatro centros credenciados pelo Ministério da Saúde para pessoas em uso abusivo de álcool e outras drogas; cinco centros de atenção psiquiátrica para crianças e adolescentes; 33 serviços residenciais terapêuticos; 12 centros de convivência e 201 equipes de saúde mental, segundo dados da Secretaria de Saúde. Mas médicos e familiares dos pacientes psiquiátricos reconhecem que essa rede de assistência é insuficiente, dificultando o atendimento e causando grandes transtornos para as famílias.

Convidados - Foram convidados para participar dos debates: o ministro da Saúde, José Agenor Álvares da Silva; o secretário de Estado da Saúde, Marcelo Gouvêa Teixeira; o diretor da Associação de Hospitais de Minas Gerais, Carlos Eduardo Ferreira; o diretor administrativo do Hospital Prontomente de Montes Claros, Robson Vieira Porto; o diretor clínico do mesmo hospital, Renato Miranda; o presidente da Associação Mineira de Psiquiatria, Maurício Leão de Resende; o deputado federal Paulo delgado (PT/MG); e o professor e chefe da Psiquiatria da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Luis Carlos Calil.

 

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