Parecer é pela rejeição a veto à venda de bebida em posto de gasolina

A Comissão Especial do Veto Parcial à Proposição de Lei 16.919, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos postos d...

27/04/2006 - 00:03
 

Parecer é pela rejeição a veto à venda de bebida em posto de gasolina

A Comissão Especial do Veto Parcial à Proposição de Lei 16.919, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos postos de gasolina localizados em áreas urbanas do Estado, aprovou parecer pela rejeição do veto, na reunião desta quinta-feira (27/4/06). A proposição é originada de projeto de autoria da deputada Ana Maria Resende (PSDB) e altera a Lei 11.547, de 1994, que trata do tema. A relatora foi a deputada Cecília Ferramenta (PT), que também presidiu a comissão. O veto parcial está pronto para apreciação em Plenário.

Razões do veto - A proposição teve vetado o inciso II do artigo 1º, por sugestão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, por entender que a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos postos de combustíveis e serviços especializados localizados nas áreas urbanas do Estado, e em suas respectivas lojas de conveniência, poderia ocasionar impactos econômicos e financeiros danosos a esses estabelecimentos comerciais.

Em seu relatório, a deputada Cecília Ferramenta argumentou que o inciso vetado pode contribuir para a diminuição do grande número de vítimas de acidentes de trânsito causados por ingestão de bebida alcóolica. E acrescentou que no País, cerca de 50 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito todos os anos, "e a maioria desses acidentes tem como causa o álcool ingerido pelos condutores dos veículos. As lojas de conveniência dos postos são um forte atrativo para a ingestão de bebidas. Portanto, a medida ajudará a combater dois males de nossa sociedade: o consumo de álcool e os acidentes de trânsito".

Segundo a relatora, os alegados impactos econômicos e financeiros da medida sobre os estabelecimentos comerciais serão muito inferiores aos danos sociais, de saúde e econômicos causados pela ingestão abusiva de álcool. De acordo com Cecília Ferramenta, em apenas três anos, o País gastou mais de R$ 300 milhões com internações decorrentes do uso indevido do álcool.

Presenças - Deputadas Cecília Ferramenta (PT), presidente e relatora; Ana Maria Resende (PSDB) e Paulo Cesar (PDT).

 

 

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