Servidores não concursados do Judiciário pedem apoio da ALMG

Mais de 200 servidores do Judiciário de aproximadamente 17 municípios mineiros vieram à Assembléia Legislativa de Min...

26/04/2006 - 00:02
 

Servidores não concursados do Judiciário pedem apoio da ALMG

Mais de 200 servidores do Judiciário de aproximadamente 17 municípios mineiros vieram à Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na tarde desta quarta-feira (26/4/06), pedir aos parlamentares que intervenham junto ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público de Minas Gerais para evitar que cerca de 4.600 servidores do quadro de função pública daqueles órgãos sejam dispensados. Eles foram recebidos pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Mauri Torres (PSDB), e pelos deputados Rogério Correia (PT), Paulo Piau (PPS) e Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/03, que garante ao detentor de função pública, no ato da dispensa, indenização de dois salários por ano de serviço prestado ao Estado.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça de 1ª Instância de Minas Gerais (Sejusmig), Sandra Margareth Silvestrini, os servidores serão dispensados para que os aprovados em concurso público assumam suas vagas. A demissão será realizada em três etapas, nos dias 26 de abril, de maio e de junho. Ela informou que somente hoje, em Belo Horizonte, cerca de 178 servidores já estão desempregados. "Queremos entrar num consenso, achar uma maneira de respeitar aquele que foi aprovado em concurso e de garantir que servidores com mais de 16 anos de serviço não sejam demitidos", observou.

A proposta do presidente Mauri Torres é tentar, junto ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público, a prorrogação do prazo do concurso, que pode ser de até quatro anos, enquanto se estuda uma maneira de não prejudicar os servidores da função pública. "A negociação é complicada, vai gerar reações naqueles que foram aprovados no concurso público", observou o presidente. No caso de colocar a PEC 2/03 na pauta de votação, sua aprovação dependerá de entendimentos com o Colégio de Líderes e com as lideranças do governo, pois são necessários 48 votos em Plenário. E lembrou mais um complicador: "Caso a proposta seja aprovada, a indenização será feita com verba do Judiciário, e terá que respeitar a quota de 6% do orçamento, que é o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal".

O deputado Dalmo Ribeiro Silva lembrou que a PEC foi a única forma jurídica que ele encontrou para garantir os direitos dos servidores públicos; e no caso do Tribunal de Justiça pode ser apenas o começo de uma discussão. O deputado Paulo Piau acredita que a solicitação da prorrogação do prazo do concurso deve ser negociada imediatamente com o Ministério Público e com o Tribunal de Justiça. O deputado Rogério Correia lembrou que, para aprovar a PEC e garantir a indenização para os servidores da função pública, é indispensável a negociação também com o governo do Estado, "que tem força suficiente para discutir com o Tribunal de Justiça e com o Ministério Publico.

O presidente Mauri Torres garantiu que entraria em contato, ainda nesta quarta-feira, com o procurador Jarbas Soares Medeiros e com o desembargador Hugo Bengtsson, para marcar uma reunião urgente. Os deputados marcaram um novo encontro com os representantes dos servidores demitidos para a próxima quarta-feira, dia 3 de maio.

 

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