Defesa do Consumidor discute política tarifária do setor de energia

A Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais discutirá, nesta quart...

24/04/2006 - 00:00
 

Defesa do Consumidor discute política tarifária do setor de energia

A Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais discutirá, nesta quarta-feira (26/4/06), a política tarifária do setor de energia elétrica. Os debates serão às 14h30, no Plenarinho II. Autor do requerimento da reunião, o deputado Edson Rezende (PT) revela estudo do Sindieletro que aponta distorções na repartição entre consumo de energia e pagamento da conta. De acordo com o estudo, os cerca de 4,8 milhões de consumidores residenciais gastam 16,9% da energia, mas entram com 35,91% da receita apurada pela Cemig. Já os industriais gastam 58,85% da energia, mas contribuem com apenas 32,87% do total.

Foram convidados a participar da reunião da comissão o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer; o presidente da Cemig, Djalma Morais; o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman; o secretário-executivo do Procon estadual, Amauri Artimos da Matta; a coordenadora do Procon municipal, Stael Christian Riani Freire; e a coordenadora executiva do Movimento das Donas de Casa (MDC), Maria do Céo Paixão Kupidlowski.

O deputado Edson Rezende também critica a elevada carga tributária aplicada pelo Estado ao consumidor residencial: uma alíquota de 30% sobre a energia elétrica gasta, contra os 18% aplicados ao consumidor industrial. Outra estatística informada é a elevação de 71,86% do INPC/IBGE entre 1999 e 2005, contra o aumento de 127,63% do IGP-M/Fundação Getúlio Vargas e uma elevação de 243,03% da tarifa média da Cemig no mesmo período. "O mais penalizado com esses aumentos exorbitantes tem sido o consumidor residencial, o cidadão comum", analisa o deputado.

Na avaliação de Edson Rezende, é falho o argumento de que as tarifas da estatal estão em consonância com as determinações da Aneel e com resolução de 2005 da agência que permitiu um reposicionamento tarifário de 44,41%. "Nossa preocupação se prende a outros valores, vinculados à justiça social e à obrigação de que a concessionária de serviço público forneça serviço adequado, caracterizado por ser regular, contínuo, eficiente, seguro, geral, cortês e, especialmente, módico em sua tarifa", finaliza o deputado.

 

 

 

 

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