Audiência pública discute flexibilização da Lei de Crimes Hediondos

A flexibilização da Lei de Crimes Hediondos será discutida na Assembléia Legislativa nesta terça-feira (18/4/06), em ...

12/04/2006 - 00:00
 

Audiência pública discute flexibilização da Lei de Crimes Hediondos

A flexibilização da Lei de Crimes Hediondos será discutida na Assembléia Legislativa nesta terça-feira (18/4/06), em audiência da Comissão de Segurança Pública. O debate acontece às 10 horas, no Plenarinho IV. Criada com o objetivo de aumentar o rigor no tratamento prisional dos condenados por crimes graves, que provocam grande clamor social, a Lei Federal 8.072, de 1990 (Lei de Crimes Hediondos) não prevê regressão de regime, com o abrandamento da pena. Mas o inchaço no sistema prisional do País levou o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a sugerir a volta do regime progressivo, para uma maior ressocialização dos presos.

O deputado Zé Maia (PSDB), presidente da comissão, foi o autor do requerimento para a audiência pública, por considerar o tema importante e controverso. Para ele, o maior rigor na punição dos crimes graves pode não resolver o problema da criminalidade, mas também não o prejudica. "Devemos sempre passar para o bandido a imagem de que o crime não compensa. Ele deve ser tratado com dignidade, mas não pode continuar levando riscos para a sociedade", opina.

Para o parlamentar, a flexibilização, aprovada recentemente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), é perigosa e pode despertar nas famílias das vítimas a sensação de impunidade. "Se alguém seqüestrar e matar uma pessoa, mas tiver bons antecedentes e for réu primário, poderá ficar preso por dois anos apenas", exemplifica Zé Maia (PSDB).

Foram convidados para a reunião o diretor do Conselho de Criminologia e Política Criminal do Estado, Celso de Magalhães Pinto; Aluizio Andrade de Freitas, integrante do Conselho de Entorpecentes e do Conselho de Criminologia e Política Criminal do Estado; juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Nova Lima e membro do Conselho de Criminologia e Política Criminal do Estado, Juarez Morais de Azevedo; Marcos Afonso de Souza, membro do Conselho de Criminologia e Política Criminal; coordenador da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) Novos Rumos, desembargador Joaquim Alves; secretário de Estado Extraordinário para Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e para o Norte de Minas, deputado Ermano Batista (PSDB); procuradora-geral de Justiça, Elaine Martins Parise; procurador de Justiça Paulo Calmon; e coordenador do Caocrim do Ministério Público, promotor Joaquim José Miranda Junior.

 

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