Projeto vai reduzir taxas de segurança em eventos culturais

A Assembléia Legislativa deverá alterar a legislação que trata da Taxa de Segurança Pública, reduzindo valores e adeq...

11/04/2006 - 00:00
 

Projeto vai reduzir taxas de segurança em eventos culturais

A Assembléia Legislativa deverá alterar a legislação que trata da Taxa de Segurança Pública, reduzindo valores e adequando critérios de cobrança utilizados pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros Militar para realização de eventos culturais de grande porte. Depois de audiência pública com produtores de eventos e representantes dos bombeiros e da Secretaria da Fazenda, na semana passada, as comissões de Fiscalização Financeira e Orçamentária e de Cultura voltaram a se reunir conjuntamente, na manhã desta terça-feira (11/4/06), para discutir os parâmetros que deverão nortear o projeto de lei a ser apresentado pelas duas comissões, alterando a legislação em vigor. Todos os 15 deputados presentes à reunião concordaram com a necessidade de se reduzir os valores cobrados como forma de não inibir a realização de eventos culturais no Estado.

Atualmente, os valores cobrados pela PM e pelo CBM para os eventos culturais constam em tabelas anexas à Lei 14.938, de 2003, que alterou a Lei 6.763, de 1975, que contém a legislação tributária do Estado. A sugestão inicial é reduzir de 10 para duas Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais (Ufemg) o valor cobrado por policial/hora deslocado para dar segurança ao evento; acabar com a cobrança pelo deslocamento de equipamentos da PM e do CBM, como carros, motocicletas, vans, ônibus e helicópteros; e proibir a cobrança pelo trabalho dos policiais deslocados para segurança da área externa ao local do evento. O valor da Ufemg, para o exercício fiscal de 2006, é de R$ 1,65.

Outra sugestão apresentada foi a alteração do critério para cálculo dos valores cobrados pelos bombeiros em projetos e vistorias, passando a base de cálculo de metro quadrado da área destinada ao evento para público estimado. A proposta discutida na reunião foi cobrança da taxa mínima prevista pela lei, de 53 Ufemg, por análise de projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico e por vistoria nas edificações, nos casos de eventos com previsão de público diário de até 500 pessoas. Para eventos com previsão de público diário de até 3 mil pessoas, o valor passaria a ser de 100 Ufemg por projeto e por vistoria. Quando a previsão for entre 3 mil e 10 mil pessoas, 200 Ufemg. Para eventos com mais de 10 mil pessoas, 300 Ufemg, dando-se um tratamento diferenciado para os mega-eventos.

Para se promover essas mudanças, o futuro projeto deverá alterar os artigos 114, 115 e 116 da Lei 6.763, bem como as tabelas B e M, anexas, a que se referem os artigos citados. O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira, deputado Domingos Sávio (PSDB), autor do requerimento que deu origem ao debate sobre mudanças na Taxa de Segurança Pública, ressaltou a importância do diálogo com a Secretaria da Fazenda para se buscar um consenso em torno das alterações, o que agilizará a tramitação do projeto. Os deputados presentes foram unânimes na defesa da redução dos valores cobrados e enfatizaram a competência da Assembléia para ter a iniciativa de projeto alterando taxas estaduais.

Ainda na reunião, o deputado Fábio Avelar (PSC) leu ofício dirigido pelo prefeito de Igarapé ao secretário de Defesa Social dando conta de irregularidades e abusos de autoridade que teriam sido cometidos pelo delegado Geraldo Toledo em recente evento realizado naquele município.

Presenças - Deputados Domingos Sávio (PSDB), presidente; Jayro Lessa (PFL), vice; Dilzon Melo (PTB), José Henrique (PMDB), Luiz Humberto Carneiro (PSDB), Sebastião Helvécio (PDT), Gil Pereira (PP), Biel Rocha (PT), Sávio Souza Cruz (PMDB), Gustavo Corrêa (PFL), Fábio Avelar (PSC), Ivair Nogueira (PMDB) e Antônio Júlio (PMDB) e deputadas Elisa Costa (PT) e Vanessa Lucas (PSDB).

 

 

 

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