Reunião conjunta em Muriaé debate vazamento de barragem

A cidade de Muriaé, na Zona da Mata, a 364 quilômetros de Belo Horizonte, sediará, nesta quinta-feira (6/4/06), reuni...

03/04/2006 - 00:01
 

Reunião conjunta em Muriaé debate vazamento de barragem

A cidade de Muriaé, na Zona da Mata, a 364 quilômetros de Belo Horizonte, sediará, nesta quinta-feira (6/4/06), reunião conjunta das Comissões de Participação Popular, de Meio Ambiente e Recursos Naturais e de Política Agropecuária e Agroindustrial da ALMG. O objetivo é discutir e apresentar possíveis soluções para o vazamento ocorrido na barragem de rejeitos de lavra de bauxita da Mineração Rio Pomba, entre Miraí e Muriaé. A reunião foi requerida pelos deputados Laudelino Augusto e Padre João, ambos do PT, e será às 10 horas, no Centro de Formação e Ascensão Social (Rua Antônio Frederico Ozanan, s/nº, Bairro da Barra). Entre os convidados, estão representantes do governo do Estado e de entidades ambientais.

O acidente ambiental na Zona da Mata ocorreu em março de 2006 e foi provocado pelo rompimento de uma placa de concreto da barragem de rejeitos da mineradora, o que causou vazamento de cerca de 400 milhões de litros de lama em vários cursos de água, como o córrego Bom Jardim, o Ribeirão Fubá e os rios Muriaé e Paraíba do Sul. O vazamento também atingiu o Estado do Rio de Janeiro. Além dos danos ambientais, muitos produtores rurais tiveram prejuízos. O deputado Laudelino Augusto destaca que não houve prevenção, já que o risco de ocorrer um acidente havia sido denunciado pela comunidade local e por técnicos durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais, realizada em agosto de 2005.

Foram convidados para a reunião o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho; o procurador de Justiça da Procuradoria do Estado de Minas Gerais e coordenador da Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente, do Patrimônio Histórico e Cultura e da Habitação e Urbanismo, Rodrigo Cançado Anaya Rojas; o presidente da Fundação de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais, Ilmar Bastos Santos; o presidente da Rio Pomba Empresa de Mineração Ltda, Gilberto Ferrine; o coordenador da URC Copam Zona da Mata, Célio Lessa Couto Júnior; o diretor-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, Paulo Teodoro Carvalho; o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas, Humberto Candeias Cavalcanti; e o secretário de Estado da Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, coronel Carlos Alberto de Carvalho.

Lei de avaliação de risco ambiental - A Lei 15.399, de 2004, de autoria do deputado Laudelino Augusto, prevê que toda atividade potencialmente poluidora ou degradante do meio ambiente, a qualquer tempo, terá a obrigação de fornecer relatório ambiental, a pedido do Ministério Público, das entidades de proteção do meio ambiente, dos conselhos municipais de defesa do meio-ambiente e da Assembléia Legislativa. Segundo o deputado, um dos objetivos é exatamente o de prevenir quanto a acidentes que provoquem danos ao meio ambiente, a vida das pessoas ou a recursos econômicos. A lei ainda não foi regulamentada pelo governo estadual.

 

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