| Taxistas de BH reivindicam direito de buscar passageiros em 
            Confins A Comissão de Transporte, Comunicação e Obras 
            Públicas da Assembléia Legislativa discutiu nesta terça-feira 
            (28/03/06) com autoridades, representantes de cooperativas de táxis 
            de Belo Horizonte e da BHTrans a medida que proíbe o atendimento a 
            passageiros no Aeroporto de Confins por taxistas da Capital. A 
            decisão foi tomada quando os vôos do Aeroporto de Pampulha foram 
            transferidos para Confins no ano passado. A reunião foi solicitada 
            pelo deputado Célio Moreira (PSDB). O parlamentar lembrou que no ano 
            de 2003 uma Comissão Especial da Assembléia discutiu a transferência 
            dos vôos, e um dos itens do relatório final foi a realização de 
            audiências públicas para a resolução de conflitos que pudessem 
            ocorrer com a mudança. Para o deputado Irani Barbosa (PSDB), a ordem do 
            coronel Cícero e do coronel Gontijo, do 36º Batalhão de Vespasiano, 
            de suspender a fiscalização dentro do aeroporto, ocorrida 
            recentemente, agravou a situação. A decisão foi revogada através de 
            liminar do juiz Michel Cury da Silva, de Pedro Leopoldo, autorizando 
            a volta da fiscalização. O deputado afirma que, com isso, o que 
            voltou a ser fiscalizado não foi o trânsito, mas sim os taxistas de 
            Belo Horizonte. O presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos 
            de Belo Horizonte (Sincavir), Dirceu Efigênio Reis, disse foi 
            procurado pela BHTrans para assinar o convênio que determinava 
            critérios para o atendimento aos passageiros no aeroporto de 
            Confins, mas que não participou das negociações. Ele afirmou que 
            tentou agendar reuniões com a Infraero e com a BHTras, mas não 
            obteve retorno. Cooperativas pedem intervenção da ALMG O diretor administrativo da Cooperativa Mista de 
            Consumo e Trabalho dos Condutores Autônomos dos Veículos Rodoviários 
            do Estado de Minas Gerais (Cooavemig) defendeu que a Prefeitura de 
            Belo Horizonte e a Assembléia Legislativa devem intervir na questão 
            dos taxistas. "Queremos ter liberdade de buscar as pessoas que 
            chegam em Confins". Ele denunciou que taxistas de cidades da Região 
            Metropolitana muitas vezes vêm trabalhar em Belo Horizonte, 
            prejudicando os motoristas da Capital. Ele sugeriu que os táxis de 
            outras cidades tenham a cor diferente da branca, como os de BH, para 
            facilitar a fiscalização da BHTrans. Para a presidente da Cooavemig, Tânia Maria dos 
            Santos Alvarenga, a Polícia Militar vem desrespeitando e 
            constrangendo os motoristas de Belo Horizonte, chegando a retirar os 
            passageiros que embarcaram em Confins de dentro dos veículos. "Não 
            queremos ficar circulando em Lagoa Santa nem em Confins para pegar 
            passageiros. Queremos ter o direito de participar da fila indiana do 
            aeroporto internacional para transportar os passageiros", 
            observou. O presidente da Cooperativa Mista de Motoristas de 
            Táxi de BH (Coopertaxi), Sérgio Antônio da Cunha, lembrou que a 
            entidade tem várias empresas conveniadas que estão deixando de ser 
            atendidas. "Estamos sendo multados por estar atendendo nossos 
            clientes, e as cooperativas estão sofrendo prejuízos de cerca de R$ 
            270 mil por mês", afirmou. Sérgio destacou também que o aeroporto 
            internacional foi criado antes da emancipação do município de 
            Confins, o que para ele não justifica o impedimento dos taxistas de 
            BH trabalharem no local. Já o diretor comercial da Coopertaxi, Hugo Gregório 
            Cardoso, teme que a medida possa causar fechamento da cooperativa, 
            que tem cerca de 700 motoristas. Solicitou também a instalação de um 
            balcão no Aeroporto de Confins e levantou a suspeita de que não 
            houve licitação para a instalação da única empresa de transporte de 
            passageiros que existe no local. Fiscalização seria arbitrária O vereador de Lagoa Santa Roberto Félix reclamou 
            que a BHTrans tem fiscalizado os táxis de forma arbitrária, 
            prejudicando vários motoristas, que por falta condições financeiras, 
            tiveram que devolver o veículo para a financeira. Na sua opinião, é 
            no Aeroporto de Confins que está uma grande fatia do mercado de 
            transporte de passageiros na Região Metropolitana de Belo 
            Horizonte. "Estamos pleiteando nosso direito, nunca fomos 
            chamados para nenhuma reunião desde que ficou definida a mudança dos 
            vôos da Pampulha para Confins", desabafou o vereador Antônio Alves 
            de Carvalho, presidente da Câmara Municipal de Vespasiano. Já o 
            presidente da Cooperativa Mista de Transporte de Passageiros em Táxi 
            da Região Sul de Belo Horizonte (Coopersul), Fernando Pereira da 
            Silva, acredita que a interferência da Assembléia Legislativa nas 
            negociações trará uma solução para o transporte de Belo Horizonte. 
             "Estamos diante de um problema metropolitano que 
            precisa ser resolvido rapidamente", afirmou o secretário adjunto de 
            Governo de Vespasiano, Fábio Bittencourt. Para ele, somente um Plano 
            Diretor poderá resolver o impasse. O secretário de Planejamento e 
            Desenvolvimento Municipal do município, Gilberto Monteiro Sales, 
            destacou que o aeroporto ocupa uma área da cidade e que por isso 
            seus taxistas também devem ser considerados nesta discussão. O diretor de Atendimento e Informação da BHTrans, 
            Cássio Luiz de Almeida, explicou que o taxista pode buscar um 
            passageiro no Aeroporto de Confins desde que tenham mãos um voucher 
            que deve ser retirado na cooperativa, comprovando a solicitação da 
            corrida. Ele disse que uma pesquisa recente feita pela BHTrans 
            constatou que 90% dos táxis de BH atendem passageiros em Confins, e 
            afirmou que a empresa está aberta para negociações. O deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT) disse 
            que a comissão está disponível para participar das negociações. Para 
            ele o DER-MG e a BHTrans têm que chegar a um acordo que atenda aos 
            motoristas tanto da Capital quanto das cidades vizinhas. O deputado 
            Paulo Piau (PPS) sugeriu fazer um apelo ao DER-MG e à Polícia 
            Militar para reconsiderar a decisão e lembrou as conseqüências da 
            atual forma de funcionamento. "O Brasil é um País do desperdício. Os 
            táxis da Capital vão até Confins e têm que voltar vazios, aumentando 
            o consumo de gasolina, o que futuramente pode acarretar um aumento 
            nos preços das corridas", finalizou. Requerimentos - A comissão 
            aprovou requerimento de autoria dos deputados Célio Moreira, Irani 
            Barbosa e Paulo Piau, solicitando que seja encaminhado pedido de 
            informação ao Ministério Público Federal e à Infraero sobre a 
            existência ou não de processo licitatório para a instalação de 
            balcões de empresas de táxi no Aeroporto Internacional Tancredo 
            Neves. Outro requerimento aprovado, de autoria dos três deputados, 
            solicita que seja formulado pedido de informação ao Comando da 
            Polícia Militar e ao DER-MG sobre denúncias feitas durante a 
            audiência pública, de que haveria interesse da Polícia Militar de 
            Vespasiano em coibir o transporte de passageiros através de táxis 
            entre o município e o Aeroporto de Confins. De autoria do deputado 
            Irani Barbosa, foi aprovado também requerimento para que a Comissão 
            de Política Agropecuária faça uma visita ao juiz de plantão da 
            comarca de Vespasiano, Michel Curi e Silva, e outra visita ao 
            diretor geral do DER-MG, para discutir o mandado de segurança 
            impetrado pelo município de Confins e os problemas gerados pelo 
            transporte de passageiros de táxi na cidade. Foram aprovados ainda 
            37 requerimentos que dispensam a apreciação do Plenário Projeto de Lei - Foi 
            aprovado parecer de 1º turno ao Projeto de Lei 2.825/05, de autoria 
            do deputado Gustavo Corrêa (PFL), que determina a utilização de 
            madeiras apreendidas no Estado para a construção de casas populares. 
            Foi aprovado também parecer de turno único ao PL 2.844/05, de 
            autoria do deputado Roberto Carvalho (PT), que dá a denominação de 
            Rodovia Orosimbo Gomes de Moraes à ligação entre o município de São 
            José do Mantimento e a MG-111. Presenças - Deputados Célio 
            Moreira (PSDB), presidente; Ivair Nogueira (PMDB), vice; Irani 
            Barbosa (PSDB), Alencar da Silveira Jr. (PDT), Olinto Godinho (PSDB) 
            e Paulo Piau (PPS).   
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