Comissão vai a Angustura debater circuito turístico
O Circuito Turístico Áreas Proibidas será tema de
audiência pública da Comissão do Turismo, Indústria, Comércio e
Cooperativismo da Assembléia Legislativa, nesta sexta-feira
(31/3/06). O circuito compreende os municípios de Além Paraíba,
Estrela D'alva, Pirapetinga, Santo Antônio do Aventureiro e Volta
Grande, na Zona da Mata. A reunião será realizada em Angustura,
distrito de Além Paraíba (no Salão do Conselho, localizado à Rua
Getúlio Vargas, s/nº), às 10 horas. A audiência foi pedida pelos
deputados Biel Rocha e Carlos Gomes, ambos do PT.
Foram convidados para a reunião o ministro do
Turismo, Walfrido Mares Guia; o secretário de Estado de Turismo,
Herculano Anghinetti; os prefeitos de Além Paraíba, Sérgio Antônio
Ribeiro Ferreira; de Estrela D'Alva, Hasenclever Peres Valadão; de
Pirapetinga, Nilo Sérgio Tostes Luz; de Santo Antônio do
Aventureiro, Paulo Roberto Pires; a prefeita de Volta Grande, Ely
Alves Quintão; e Guilherme Antônio Diniz, do Instituto Culturar.
Atrações rurais são ponto forte do turismo na
região
De acordo com informações da página do governo de
Minas, na internet, o Circuito das Áreas Proibidas tem suas
principais atrações na zona rural, com recantos naturais, cachoeiras
e o rio Paraíba do Sul. Os imponentes casarões das velhas fazendas
de café e as pequenas estações de trem são símbolos de uma parte
importante da história de Minas no século XIX.
O Complexo Humberto Mauro, em Volta Grande, é um
expressivo atrativo cultural desse circuito. Foi criado em homenagem
ao cineasta mineiro, Humberto Mauro, e ainda conserva a residência,
o estúdio Rancho Alegre, o Museu Humberto Mauro e o Cine Humberto
Mauro.
Além Paraíba é a Cidade Portal deste circuito, cuja
história tem início no século XVIII, quando as férteis terras dos
Sertões do Leste foram desprezadas pela administração colonial. Como
naquele momento o interesse estava voltado para a mineração do ouro
e do diamante, nada mais importava do que os preciosos minerais. Com
a necessidade de proteger a região aurífera e, principalmente, de
coibir o descaminho (contrabando) do ouro, foram proibidas aberturas
de estradas e ficava interditada a ocupação de terras na região
leste da capitania. Aí está a razão para o nome "Áreas Proibidas",
deste circuito.
Justamente por ser inabitada e sem nenhum tipo de
patrulhamento, a região acabou se tornando rota de contrabando o que
motivou a instalação de um registro no final do século XVII, que
tinha a função de posto fiscal. Esse foi o embrião para o início do
povoamento da região, que tornou-se caminho regular para tropas de
burros e tropeiros entre a capitania das Minas e a do Rio de
Janeiro.
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