Ipsemg prevê mais leitos para tratamento
intensivo
A ampliação do número de leitos reservados para o
tratamento intensivo, até o final do ano, foi uma das previsões
feitas pela direção do Instituto de Previdência dos Servidores do
Estado de Minas Gerais (Ipsemg), durante debate realizado pela
Comissão de Administração Pública, nesta quarta-feira (22/3/06), a
respeito dos planos e programas de trabalho do Instituto.
Participaram do debate, além dos parlamentares, o presidente do
Ipsemg, Mauro Lobo, o diretor de Saúde da instituição, Roberto
Fonseca, e a presidente do Sindicato dos Servidores do Ipsemg
(Sisipsemg), Andréa Mirrha, entre outros diretores do Instituto.
Mauro Lobo iniciou o debate fazendo um balanço de
sua gestão, tendo em vista sua disposição de deixar o cargo até o
final do mês, a fim de disputar as eleições. O presidente destacou a
ampliação dos leitos para tratamento intensivo; o acordo para
destinação, ao Ipsemg, de dois pavimentos do prédio que seria
destinado ao antigo Cardiominas; a criação do Centro de Nefrologia,
até o final do ano; a modificação dos convênios com as prefeituras e
o balanço positivo do Fundo de Previdência destinado a custear as
pensões e aposentadorias dos servidores contratados a partir de
2002.
De acordo com o diretor de Saúde do Ipsemg, Roberto
Fonseca, o número de leitos do tratamento intensivo, que eram apenas
dez no início da atual gestão, já passou para 30 e deve chegar a 45
até o final do ano. O presidente Mauro Lobo também informou que três
municípios já assinaram novos convênios com o Ipsemg, para prestação
de assistência médica a seus funcionários, e outros 12 estão
negociando sua adesão. Os novos contratos, segundo o presidente,
elevam de R$ 15 para R$ 50 a contribuição média de cada
beneficiário. O titular passa a pagar R$ 60, mesmo valor cobrado do
cônjuge, enquanto o dependente contribui com R$ 30.
O retorno dos municípios, após o cancelamento dos
convênios originais com valores mais baixos, foi comemorado por
Mauro Lobo como um atestado de qualidade do Ipsemg. "Eles chegaram à
conclusão que valia a pena o retorno ao Ipsemg, mesmo em novas
bases. E eles tiveram tempo para avaliar o que está aí",
afirmou.
Questionado pelo deputado Carlos Pimenta (PDT) a
respeito da situação do antigo Cardiominas, onde deverá funcionar um
centro de atendimento ambulatorial do Ipsemg, Mauro Lobo disse ter a
expectativa de conclusão da obra em 2007. Atualmente, a Prefeitura
de Belo Horizonte e o Estado reivindicam junto ao Ministério da
Saúde uma ampliação dos recursos destinados ao projeto. A Assembléia
Legislativa, e em especial o deputado Carlos Pimenta, foram
cumprimentados pela direção do Ipsemg por seu empenho na aprovação
do projeto que destinou dois andares do prédio ao centro
ambulatorial do Ipsemg.
Dívida - A diretoria do
Ipsemg foi questionada pelos deputados Edson Rezende e Weliton
Prado, ambos do PT, e pela presidente do Sisipsemg, Andréa Myrrha, a
respeito da inadimplência do Estado para com o Ipsemg, tendo em
vista o acordo firmado há três anos para pagamento de uma dívida de
R$ 670 milhões, relativa a contribuições não repassadas para o
Instituto. O presidente do Ipsemg, Mauro Lobo, argumentou que o
não-pagamento vem sendo compensado pelo fato de o Estado estar
assumindo o pagamento de precatórios do Instituto. O diretor de
Saúde do Ipsemg, Roberto Fonseca, argumentou que as parcelas mensais
de quase R$ 4 milhões, caso estivessem sendo pagas, não seriam
suficientes para solucionar a principal demanda atual do Instituto,
que é uma ampliação do atendimento no interior, onde é muito
limitado. "Uma dívida de R$ 670 milhões parcelada em 30 anos não vai
alterar nossa oferta no interior", declarou Fonseca.
A sindicalista Andréa Myrrha defendeu que um
acréscimo de R$ 48 milhões ao ano no caixa do Ipsemg permitiriam uma
ampliação de até 50% no atendimento do interior. "São quase dois
meses do orçamento do Instituto", afirmou. O deputado Edson Rezende
condenou a proposta de perdoar a dívida do Estado em troca deste
assumir os precatórios do Ipsemg. "A legislação já definiu que
aqueles aposentados até dezembro de 2004 são responsabilidade do
Estado. Usar o dinheiro do Ipsemg para pagar esses precatórios são
uma forma de resolver um problema duplo do Estado. Esse dinheiro é
para custeio da saúde", afirmou o parlamentar.
Presenças - Deputados
Fahim Sawan (PSDB), presidente; Gustavo Valadares (PFL), vice;
Antônio Júlio (PMDB), Ricardo Duarte (PT), Sargento Rodrigues (PDT),
Carlos Pimenta (PDT), Edson Rezende (PT), José Henrique (PMDB),
Weliton Prado (PT), Luiz Humberto Carneiro (PSDB), Domingos Sávio
(PSDB), Doutor Viana (PFL) e Márcio Kangussu (PPS); presidente do
Ipsemg, Mauro Lobo, presidente do Sindicato dos Servidores do Ipsemg
(Sisipsemg), Andréa Myrrha, diretor de Saúde do Ipsemg, Roberto
Fonseca, e outros integrantes da diretoria do Instituto.
|