Comissão quer debater cobrança de ponto extra em TV a cabo

A cobrança por ponto adicional de TV a cabo nas residências tem sido objeto de questionamento por parte de clientes e...

17/03/2006 - 00:00
 

Comissão quer debater cobrança de ponto extra em TV a cabo

A cobrança por ponto adicional de TV a cabo nas residências tem sido objeto de questionamento por parte de clientes e órgãos de defesa do consumidor. Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal, o Ministério Público de Minas Gerais e o Procon Estadual publicaram uma nota técnica qualificando a prática como abusiva. Apesar de não ter força legal, essa nota vale como orientação aos órgãos de defesa do consumidor. Para debater este assunto, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa realiza, na próxima quarta-feira (22/3/06), uma audiência pública no Plenarinho II, a partir das 14h30. A reunião atende a requerimento da deputada Lúcia Pacífico (PSDB), vice-presidente da Comissão.

A nota técnica dos MPs considera a cobrança por ponto adicional uma prática abusiva. No Rio de Janeiro, a 8ª Vara Empresarial concedeu uma liminar à Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa fluminense, proibindo a NET, empresa controlada pelas Organizações Globo e pelo grupo mexicano Telmex, de cobrar pelos pontos adicionais instalados naquele Estado. Em Blumenau (SC) a cobrança também havia sido suspensa pela Justiça em novembro de 2003, mas a liminar concedida ao Ministério Público Federal foi cassada quatro meses depois.

Em Belo Horizonte, o Procon Estadual pediu, em fevereiro deste ano, a aplicação de uma multa de R$ 1,5 milhão à NET pela cobrança do ponto extra e codificação indevida de canais. O ponto adicional na cidade custa R$ 20.

Para a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), a cobrança pelo ponto adicional na TV a cabo não é ilegal, pois se trata de uma rede de transmissão de sinais independente, permitindo que o assinante assista programações simultâneas e distintas das exibidas no ponto principal. A entidade alega ainda que a instalação e manutenção do ponto extra representam custos para as operadoras.

A Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte também pretende obter esclarecimentos sobre a codificação indevida de canais realizada pela NET e sobre o excesso de propaganda veiculada em sua programação.

Para a reunião foram convidados o promotor de Justiça do Procon Estadual, José Antônio Baeta de Melo Cançado; a coordenadora do Procon Municipal, Stael Christian Riani Freire; o coordenador-geral do Procon Assembléia, Marcelo Barbosa; e o diretor da NET em Belo Horizonte, Luiz Antônio Alves.

 

 

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