Avaliação de políticas públicas deve ser regulamentada

Falta, no Brasil, um regulamento para a avaliação de políticas públicas, segundo o subsecretário de Planejamento e Or...

15/03/2006 - 00:01
 

Avaliação de políticas públicas deve ser regulamentada

Falta, no Brasil, um regulamento para a avaliação de políticas públicas, segundo o subsecretário de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, Tadeu Barreto Guimarães. Ele participou da palestra de apresentação do Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS), no Teatro da Assembléia, nesta quarta-feira (15/3/06), e ressaltou que há pressão para melhorar a avaliação das políticas, mas existe também o risco de que as administrações mais avançadas nesse quesito forneçam instrumentos para campanhas da oposição em debates eleitorais. Tadeu Barreto Guimarães destacou que o IMRS não pode ser usado como ranking de prefeitos, uma vez que o resultado depende de ações do Governo Federal, dos governos estaduais e de lideranças políticas e da sociedade civil locais. Para ele, o índice deve ser usado para medir o estágio de desenvolvimento de uma localidade em função de diversos atores.

O subsecretário apresentou o Datagerais, um projeto de construção de uma base de dados ampla e confiável sobre diversos indicadores, que pode ser consultado pela internet, no endereço www.datagerais.mg.gov.br. Segundo ele, o projeto tem como objetivo o fortalecimento da geração de informações para o planejamento e gestão de políticas públicas. Tadeu Barreto Guimarães destacou, ainda, que o Poder Executivo, ao participar da palestra, destinada a técnicos da área administrativa e servidores de gabinetes parlamentares da Assembléia, está cumprindo uma obrigação e abrindo a possibilidade de aperfeiçoamento do IMRS.

A diretora do Centro de Estudos Econômicos e Sociais da Fundação João Pinheiro (FJP), Maria Luísa de Aguiar Marques, falou sobre o processo de definição do IMRS, instituído pela Lei 15.011, de 2004, que é calculado pela FJP. Ela falou sobre experiências anteriores - como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) - e ressaltou, entre as bem-sucedidas, a Lei Robin Hood, que leva em conta aspectos diversos, como saúde, meio-ambiente, educação, entre outros na distribuição de recursos para os municípios mineiros. Segundo a diretora, a lei começou a ser implantada em 1996 e, nesses 10 anos, houve melhora expressiva no sistema de informações e no relacionamento institucionais. Ela também defendeu que o índice não seja usado como ranking, ressaltando que as diferenças entre os primeiros colocados é mínima.

Também participaram da apresentação a consultora da ALMG Maria Regina Álvares Magalhães; a coordenadora do projeto de elaboração do IMRS, Mônica Galupo Costa, e o chefe da subsecretaria, Elger Marra.

 

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