Cemig, MP e PEC do recesso devem entrar na pauta de Plenário

Várias proposições importantes devem entrar esta semana na pauta do Plenário da Assembléia de Minas. Entre elas, aque...

10/03/2006 - 00:00
 

Cemig, MP e PEC do recesso devem entrar na pauta de Plenário

Várias proposições importantes devem entrar esta semana na pauta do Plenário da Assembléia de Minas. Entre elas, aquelas que tratam dos seguintes assuntos: redução do recesso parlamentar de 90 para 55 dias e proibição do pagamento por convocação extraordinária; reajuste dos salários do Ministério Público; e autorização da Assembléia ao Executivo para oferecer garantias em operações de crédito em que sejam mutuárias a Cemig e suas subsidiárias. Essas matérias foram analisadas pelas comissões da Assembléia na última semana e agora estão prontas para serem discutidas e votadas pelo Plenário em 1º turno (leia abaixo).

A Assembléia poderá apreciar ainda alguns dos oito vetos em tramitação, cujo prazo de análise termina no dia 21. Dos oito vetos, seis estão prontos para discussão e votação em Plenário. Apenas dois não foram analisados em comissão: o parcial à política de incentivo à cultura do bambu e o total à proposição que altera lei do IPVA e beneficia cooperativas que atuam no transporte escolar. Teve parecer pela rejeição o veto total à proposição que altera a lei que obriga o exame de fundo de olho em recém-nascidos. Tiveram pareceres pela manutenção os vetos parciais às proposições que abordam anistia de créditos tributários, política de incentivo ao biodiesel, Orçamento para 2006, carreiras do funcionalismo e alteração da lei de organização e divisão judiciárias.

Proposições prontas para serem analisadas pelo Plenário

* Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 67/04, que reduz o recesso parlamentar. O relator, deputado José Henrique (PMDB), apresentou o substitutivo nº 1. Ele determina que a sessão legislativa ordinária passará a acontecer de 1º de fevereiro a 18 de julho e de 1º de agosto a 20 de dezembro de cada ano. Hoje, a duração vai de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro. O substitutivo, cuja apresentação foi acordada pelo Colégio de Líderes, também veda o pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação extraordinária, que hoje é efetuado.

A PEC, dos deputados Ivair Nogueira (PMDB) e outros, originalmente propunha a ampliação da sessão de 15 de janeiro a 15 de julho e de 1º de agosto a 31 de dezembro. O fim do pagamento de subsídios por eventual convocação também não estava previsto na proposta original. Outras mudanças propostas pelo substitutivo são manter a permissão constitucional para uma única recondução da Mesa da ALMG para o mesmo cargo na eleição subseqüente, na mesma legislatura ou na seguinte (vedada pela PEC original); e ratificar na Constituição, como já está no Regimento Interno, que a sessão ordinária não se encerra sem a votação do Orçamento.

* Projeto de Lei (PL) 2.357/05, do governador, que autoriza o Executivo a oferecer garantias em operações de crédito em que sejam mutuárias a Cemig e suas subsidiárias. Ele foi apreciado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária na última quarta (8). A votação do parecer da comissão sobre emenda apresentada ao projeto, em Plenário, foi a conclusão de um processo de entendimento entre Assembléia e governo que incluiu uma visita de parlamentares ao presidente da Cemig, Djalma Morais. A visita teve como objetivos buscar esclarecimentos sobre a proposição e a garantia de que o controle acionário da companhia continuará com o Estado.

O entendimento proporcionado pela visita à Cemig está explicitado em parecer favorável à emenda nº 1, do deputado Adalclever Lopes (PMDB), que unificou dois trechos do projeto: que a garantia ou contragarantia real poderá ser prestada sob a forma de caução ou penhor de ações do capital da Cemig de propriedade do Estado; e que estão excluídas dessa autorização as ações que garantam o controle direto ou indireto da Cemig pelo Estado. Substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) restringe o uso da cota do Fundo de Participação dos Estados como garantia somente para o pagamento de débitos com a União.

* PL 2.796/05, do procurador-geral de Justiça. A Comissão de Administração Pública aprovou na última semana parecer pela rejeição das seis emendas de 1º turno apresentadas em Plenário ao projeto. O PL fixou o subsídio mensal do procurador em R$ 19.403,75 a partir de 1º/1/05; e em R$ 22.111,25 a partir de 1º/1/06. Na CCJ, o projeto recebeu o substitutivo nº 1, que estabelece a diferença de 5% entre o subsídio de cada nível e o do imediatamente inferior, com base no valor determinado para o subsídio do procurador de Justiça - critério ausente no projeto original; e esclarece que a fixação do subsídio em parcela única não impede o pagamento de parcelas de caráter indenizatório. O novo texto ainda retira dispositivo do projeto original que tratava de suplementações de dotações orçamentárias do Executivo ao MP.

Três das cinco emendas apresentadas em Plenário dizem respeito à retroatividade da implementação do subsídio. A nº 1, do deputado Durval Ângelo (PT), suprime artigo do projeto que estabelece a remuneração do procurador no período compreendido entre 1º/1/05 e 31/12/05. As emendas nºs 4 , do deputado André Quintão, e 5, do deputado Rogério Correia, do PT, reduzem a retroatividade, passando seu início para 1º de setembro ou 1º de agosto de 2005, respectivamente.

A emenda nº 2, do deputado Rêmolo Aloise (PSDB), determina que a diferença entre os níveis da carreira do MP seja de 10%, e não de 5%, como consta do substitutivo. A emenda nº 3, também de Aloise, prevê que a norma entrará em vigor após a aprovação da lei que disponha sobre o subsídio da magistratura. E a emenda nº 6, do deputado Irani Barbosa (PSDB), prevê a extensão do mesmo percentual para os demais servidores do Estado.

 

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