Deputado discursa sobre licenciamento e rebate críticas ao governo

O licenciamento das mineradoras, as críticas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ao governo federal e...

07/03/2006 - 00:00
 

Deputado discursa sobre licenciamento e rebate críticas ao governo

O licenciamento das mineradoras, as críticas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ao governo federal e a execução orçamentária do Estado foram tratados pelo deputado Miguel Martini (PHS), líder da Maioria, em pronunciamento durante a Reunião Ordinária do Plenário desta terça-feira (7/3/06). O deputado afirmou, repercutindo o assunto tratado pelo deputado André Quintão (PT), na fase de Oradores que, segundo a Fundação Estadual do Meio Ambiental (Feam), nenhuma mineradora tem licença de operação, última etapa do licenciamento ambiental. De acordo com Martini, as empresas operam com títulos minerários concedidos pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). "A Assembléia precisaria tentar um entendimento entre o DNPM e os órgãos ambientais", afirmou o deputado que defendeu uma revisão dos critérios para o funcionamento das mineradoras.

Miguel Martini comentou também as colocações feitas na imprensa pelo líder da Minoria, André Quintão (PT), sobre a execução orçamentária do Estado. De acordo com Martini, o governo federal executou menos de 70% do seu orçamento, enquanto o governo de Minas executou 95% dos projetos estruturadores. "A média só caiu para 75%, no geral, devido ao descumprimento de convênios com o governo federal", justificou. Para o deputado André Quintão, alguns projetos estruturadores são excessivamente dependentes de recursos da União, como o Minas sem Fome, por exemplo. Segundo ele, dos R$ 61 milhões da dotação inicial do projeto, R$ 60 milhões viriam de repasses do governo federal. Desse valor, o Estado executou R$ 160 mil e o governo federal, R$ 9,62 milhões. Miguel Martini retrucou dizendo que os recursos são arrecadados em Minas e precisam retornar de alguma forma.

O líder da Maioria apoiou, ainda, as críticas feitas ao governo Lula pela CNBB. Segundo ele, a entidade representa os desejos do povo brasileiro porque tem capilaridade em todo o País. "A CNBB é imparcial e quer o bem do povo", afirmou. Em aparte, o deputado João Leite (PSDB) afirmou ter acompanhado historicamente o apoio da CNBB ao projeto do PT. "Vejo agora a entidade cumprir seu papel de representar o povo e cobrar atitudes do governo", completou. O deputado Laudelino Augusto (PT), também em aparte, lembrou que a CNBB sempre se manifestou sobre os governos e que, em 1997, recebeu como resposta do então presidente Fernando Henrique Cardoso, que "a Igreja deveria voltar às sacristias". "A CNBB, com seus pastores, tem a missão da profecia, do questionamento, do alerta às consciências", comentou.

 

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