Direitos Humanos debate igualdade entre homens e mulheres

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa realiza, no d...

03/03/2006 - 00:00
 

Direitos Humanos debate igualdade entre homens e mulheres

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa realiza, no dia 8 de março, uma audiência pública para discutir a igualdade de gêneros. A reunião atende a um requerimento do presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), e acontece às 9 horas, no Auditório.

Apesar das conquistas obtidas pelas mulheres ao longo da história, as estatísticas mostram que ainda há um longo caminho a ser percorrido no sentido de eliminar a discriminação contra a mulher e garantir a sua participação nas atividades políticas, econômicas e culturais do País. Um levantamento do IBGE, realizado em 2005, por exemplo, mostrou que as mulheres ganham em média 30% menos que os homens, independentemente do nível de instrução. A defasagem é maior na indústria, onde o salário das mulheres equivale a, em média, 52,18% do vencimento dos homens.

A violência contra a mulher é outro item que impressiona. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo em 2001, a cada 15 segundos uma mulher é espancada por um homem no Brasil. A pesquisa mostrou que 33% das mulheres brasileiras admitem que já sofreram violência física por parte de algum homem. A responsabilidade do marido ou parceiro como principal agressor aparece em 53% dos casos de ameaça à integridade física. Ciúme e alcoolismo se destacam entre as causas da violência, informa a pesquisa.

O dia 8 de março foi declarado Dia Internacional da Mulher durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca. A data foi proposta para homenagear 129 operárias de uma fábrica de tecidos de Nova York, assassinadas em 8 de março de 1857, durante a primeira greve norte-americana realizada por mulheres. Elas reivindicavam a redução da jornada de 14 para 10 horas diárias. Naquele dia, a polícia reprimiu violentamente a manifestação, obrigando as operárias a se refugiarem dentro da fábrica. Os donos da empresa e os policiais as trancaram e colocaram fogo no galpão, não dando a elas qualquer chance de escapar.

Foram convidadas para a reunião as seguintes personalidades: subsecretário de Estado de Direitos Humanos de Minas Gerais, João Batista de Oliveira; diretora de Conscientização e Educação para Direitos Humanos da Sedese, Cláudia Aguiar; presidente do Conselho Estadual da Mulher, Luziana Lanna; vice-presidente do Conselho Estadual da Mulher, Maria de Nazareth Barreto de Carvalho; secretária adjunta da Rede Feminista de Saúde, Ana Maria Silva Soares; coordenadora Regional da Rede Feminista de Saúde, Neuza Cardoso de Melo; chefe da Divisão da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher, Idoso e Deficiente, Olívia de Fátima Braga Melo; e membro do Fórum de Mulheres da Grande BH, Jovita Levi Ginja.

 

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