ALMG terá que analisar veto a anistia fiscal

O governador Aécio Neves vetou parcialmente a Proposição de Lei 16.872, que altera a legislação tributária do Estado....

19/01/2006 - 01:01
 

ALMG terá que analisar veto a anistia fiscal

O governador Aécio Neves vetou parcialmente a Proposição de Lei 16.872, que altera a legislação tributária do Estado. O veto, encaminhado à Assembléia Legislativa no dia 29/12/05, foi publicado na edição do Minas Gerais do dia seguinte. O restante da proposição foi transformado na Lei 15.956, que reduz o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre dezenas de produtos, como artigos da cesta básica, materiais de construção, material escolar, hortaliças, grãos, couros e peles, produtos químicos, farmacêuticos, filmes fotográficos, pneus, sorvete e água mineral. A lei teve origem no PL 1.991/04, do governador, aprovado na ALMG em dezembro.

O veto incide sobre dispositivo que pretendia assegurar moratória de três anos com posterior remissão (anistia) de créditos tributários relativos à apropriação indevida de créditos do ICMS em determinados tipos de operações interestaduais. Nessas operações, segundo a justificativa apresentada pelo governador, estabelecimentos localizados em outros Estados reduzem o verdadeiro montante do imposto a pagar em favor do Estado de origem, mas emitem as notas fiscais interestaduais com a alíquota cheia. Com isso, Minas Gerais tem que arcar com créditos de ICMS que não correspondem ao valor efetivamente pago na operação.

Amparado na legislação federal que rege o assunto, o Estado vem fazendo o estorno dos créditos indevidamente apropriados pelos contribuintes nessas operações. "Esses benefícios fiscais 'ilegais', concedidos no âmbito da guerra fiscal, funcionam dentro de uma lógica econômica perversa em que o Estado destinatário é quem suporta o ônus financeiro da benesse concedida pelo Estado de origem", alega o governador, na mensagem encaminhada à ALMG.

Após o fim do recesso parlamentar, em 15 de fevereiro, a ALMG terá 30 dias para analisar o veto. Para que ele seja derrubado, são necessários 39 votos contrários à sua manutenção.

 

 

 

 

 

 

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