Orçamento do Estado de 2006 é aprovado em Reunião Extraordinária

Foi aprovado na Reunião Extraordinária do Plenário da Assembléia Legislativa, na noite desta quarta-feira (21/12/05),...

22/12/2005 - 01:02
 

Orçamento do Estado de 2006 é aprovado em Reunião Extraordinária

Foi aprovado na Reunião Extraordinária do Plenário da Assembléia Legislativa, na noite desta quarta-feira (21/12/05), o Projeto de Lei (PL) 2.687/05, do governador, que estima as receitas e fixa as despesas do Orçamento Fiscal do Estado e do Orçamento de Investimento das Empresas Controladas pelo Estado para o exercício de 2006. O projeto foi aprovado em turno único com 525 emendas e subemendas de deputados.

O projeto estima a receita do Estado em R$ 27,14 bilhões e fixa a despesa em igual montante. Desses, R$ 14,14 bilhões são recursos livres do Estado, correspondendo a apenas 52,36% dos recursos totais. As receitas restantes referem-se a recursos vinculados, como a alienação de ativos, as transferências da União, as multigovernamentais e as de convênios e as transferências constitucionais aos municípios. O principal componente da receita tributária é o ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal de comunicação -, que representa 84,88% do total. A previsão inicial do ICMS foi baseada na estimativa de arrecadação para o exercício de 2005, acrescida das variações anuais previstas da taxa de inflação com base no IPCA (4,16%) e do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) (4.5%).

Despesas - Os gastos totais com pessoal e encargos somam R$ 11,82 bilhões, foram recalculados com base na execução da despesa do mês de abril de 2005, projetada com crescimento vegetativo de 0,15% ao mês, até dezembro de 2005 e de 1,83% para o exercício de 2006, acrescida da despesa com precatórios e decisões judiciais. Do total de despesa com pessoal, 33,99% representam pessoal inativo que, a partir do exercício de 2006, serão financiadas parcialmente com receitas provenientes das contribuições patronal e do servidor para o Funfip, originárias dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público.

Entre as despesas correntes, destacam-se também os juros e encargos da dívida (R$ 1,84 bilhão), as transferências constitucionais aos Municípios (R$4,83 bilhões) e a rubrica "outras despesas correntes", no valor de R$4,82 bilhões, destinada basicamente ao custeio operacional dos órgãos e entidades da administração pública estadual. R$ 18,95 bilhões (70,16%) representam despesas de custeio e de capital relativas às vinculações para a saúde, educação e pesquisa.

Investimentos do Estado são destaque nas despesas de capital

Quanto às despesas de capital, o item de maior relevância são os investimentos gerais do Estado - R$ 1,25 bilhão, superior 37,20% à previsão orçamentária para o exercício de 2005. Os outros componentes da Despesa de Capital são as inversões financeiras - R$ 723,11 milhões, sendo 84,17% desse total reservados para os fundos. A amortização da dívida está fixada em R$ 463,57 milhões, sendo 61,62% relativos à dívida contratada interna. A reserva de contingência foi fixada em R$ 271,79 milhões, equivalentes a 1,34% da Receita Corrente Líquida.

O orçamento de investimento das empresas controladas pelo Estado é de R$ 5,16 bilhões. A Cemig e a Copasa destacam-se como as empresas com maiores investimentos, dirigidos para projetos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de saneamento básico e ambiental, representando 92,57% do total do orçamento de investimento.

Das emendas apresentadas por deputados, a maioria foi destinada a obras e convênios com prefeituras municipais, por intermédio da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) e ações de esporte e assistência social, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Esportes (Sedese). Das emendas de bancada, o destaque foi para a do grupo de deputados do Vale do Rio Doce, que apresentou emenda destinando R$ 1,5 milhão para a Universidade do vale do Rio Doce. E a 1.774, do bloco PT/PCdoB, destinando R$ 8,7 milhões para municípios administrados pelo partido, em convênio com a Setop.

Outro destaque das emendas foi a apresentada pelo relator, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), destinando R$ 23 milhões para o programa Saúde em Casa, para atender 150 municípios. Ao longo da tramitação foram apresentadas 1.983 emendas por deputados.

A emenda 1.965 permite que a Assembléia abra créditos suplementares ao seu orçamento até o limite de 7% das despesas fixadas, desde que utilize como fonte a anulação parcial ou total de suas próprias dotações. A emenda 1.964 limita ao Poder Executivo a autorização antecipada para a abertura de créditos suplementares no percentual de 10% das despesas fixadas.

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715