Reunião de Plenário é suspensa para entendimentos entre
deputados
Atendendo a pedido do deputado Sargento Rodrigues
(PDT), a reunião Ordinária de Plenário da Assembléia Legislativa
desta terça-feira (20/12/05) foi suspensa até às 18 horas, pelo
deputado que a presidia, o 1º-vice-presidente da Assembléia, Rêmolo
Aloise (PSDB). Segundo Rodrigues, são necessários entendimentos
entre os parlamentares para que os projetos sejam votados. O
deputado disse que várias das proposições são de interesse dos
servidores estaduais, e a primeira delas - o Projeto de Lei
2.757/05, do governador - que tramita em turno único, está travando
a pauta.
A reunião foi acompanhada das galerias por
representantes de servidores de diversos órgãos estaduais, como o
Ipsemg, Poder Judiciário, Polícia Civil e Defensoria Pública. Todos
portando faixas e gritando palavras de ordem, os servidores
reivindicavam conjuntamente a retroatividade do reajuste concedido
pelo governo Estadual a agosto ou setembro de 2005. Outros defendiam
demandas específicas como reenquadramento funcional, aprovação
imediata de projetos que estão na pauta e orçamento definido para a
Defensoria.
A deputada Elisa Costa (PT) fez um pronunciamento
em que defendeu a busca de um acordo entre governo, base aliada e
oposição, de forma a garantir uma melhoria salarial para o
funcionalismo estadual. "Peço a Assembléia que seja sensível à causa
dos servidores", conclamou a parlamentar. Ela aproveitou a
oportunidade para comunicar a nova vinda do presidente Luís Inácio
Lula da Silva a Minas Gerais. De acordo com Elisa, Lula vai a Montes
Claros, acompanhados de vários ministros, entre eles, o de
Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, para anunciar novos
programas sociais para a região. A deputada defendeu também um
"choque social" no governo Aécio, de modo que o Estado passe a
investir mais em programas sociais.
Também o deputado André Quintão (PT) foi ao
microfone para defender a retroatividade da tabela salarial para
todos os servidores estaduais. "Se os servidores da Educação tiveram
a retroatividade por que os outros não vão merecer?", reclamou. O
parlamentar condicionou a votação das tabelas pela oposição ao
atendimento de reivindicações mínimas do funcionalismo: "não vamos
votar enquanto não tivermos avanços", enfatizou. Quintão condenou
também a proposta de conversão da dívida do Ipsemg para pagamento de
precatórios, prevista no Projeto de Lei Complementar 59/05. "O
Estado tem que pagar sua dívida com o Ipsemg", concluiu.
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