Perdão de dívida do Estado para com o Ipsemg passa pela CCJ

A Comissão de Constituição e Justiça votou, na tarde desta segunda-feira (19/12/05), o parecer do deputado Gustavo Co...

19/12/2005 - 01:01
 

Perdão de dívida do Estado para com o Ipsemg passa pela CCJ

A Comissão de Constituição e Justiça votou, na tarde desta segunda-feira (19/12/05), o parecer do deputado Gustavo Corrêa (PFL) pela constitucionalidade, legalidade e juridicidade do Projeto de Lei Complementar (PLC) 59/05, na forma do substitutivo nº 1, apresentado por Corrêa. De autoria do governador do Estado, o projeto muda o artigo 80 da Lei Complementar 64, de 2002, que cria o Regime Próprio de Previdência e Assistência Social dos servidores públicos do Estado. O objetivo é considerar totalmente quitada a dívida do Tesouro para com o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). Os deputados Adelmo Carneiro Leão e Edson Rezende, ambos do PT, declararam seus votos contrários ao parecer da CCJ.

O parecer com o substitutivo proposto pelo deputado Gustavo Corrêa havia sido apresentado em reunião no último dia 14, quando ele pediu a distribuição de cópias do relatório. No mesmo dia, em nova reunião, o deputado Gilberto Abramo (PMDB) solicitou o adiamento da discussão do parecer por cinco dias. O substitutivo apresentado estabelece a forma de pagamento da parcela remanescente de 40% da dívida do Estado com o Ipsemg, conforme disposto na Lei Complementar 64, propondo que o Estado efetue o pagamento dos precatórios alimentares expedidos até 30 de junho de 2005 em nome do Ipsemg. De acordo com o relator, o objetivo seria desonerar o instituto dessas obrigações para permitir maiores investimentos na assistência à saúde.

No parecer, o relator explica que o Estado assumiu o passivo previdenciário do Ipsemg a título de pagamento de sua dívida com a autarquia, decorrente do não-recolhimento das contribuições previdenciárias e das consignações facultativas até março de 2002.

Declaração de voto - Segundo o deputado Adelmo Carneiro Leão, que votou contrário ao parecer da Comissão de Constituição e Justiça, a CCJ se equivocou ao considerar que o projeto é constitucional. Uma das críticas do parlamentar é que o valor da dívida do Estado para com o Ipsemg não foi estipulada em nenhum momento. Além disso, para ele, o projeto ofende o princípio da isonomia, pois atingiria servidores públicos não só da autarquia. Também o deputado Edson Rezende criticou, entre outros pontos, o fato de não considerar legal que recursos definidos para a assistência à saúde dos servidores sejam direcionados ao pagamento de precatórios alimentícios.

Presenças - Deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), presidente; Adelmo Carneiro Leão (PT), Gustavo Corrêa (PFL) e Edson Rezende (PT), além da deputada Ana Maria Resende (PSDB).

 

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