ALMG participa do Dia Mundial de Luta Contra a
AIDS
No Dia Mundial de Luta Contra a Aids (1º/12/05), a
Assembléia Legislativa participou de várias atividades ligadas à
campanha de prevenção à doença. Com iniciativas como apresentação de
teatro na praça Sete e distribuição de panfletos e preservativos, a
campanha "Preconceito tem Cura, Aids Não" tem o objetivo de
despertar nas pessoas a consciência da importância da prevenção para
evitar a contaminação pelo vírus HIV.
Na praça Sete o grupo de teatro Olho de Rua
apresentou a esquete "Amor em Tempos de Aids". O deputado Ricardo
Duarte (PT) e funcionários do gabinete distribuíram preservativos e
panfletos com informações sobre preconceito, formas de prevenção e
de contagio da doença. Nas dependências da Assembléia, os servidores
também receberam folhetos educativos e preservativos. Um banner foi
colocado na entrada principal da ALMG, e em volta da praça Carlos
Chagas foram afixadas faixas com o lema "Preconceito tem cura. Aids
não. Use camisinha".
A TV Assembléia apresentou, ao vivo, o programa
Panorama abordando o tema, com a participação da médica psiquiatra
Cláudia Maciel, do deputado Ricardo Duarte o do deputado Adelmo
Carneiro Leão (PT), presidente da Comissão de Saúde da Assembléia.
Trabalhadores mirins que atuam na Casa legislativa também
participaram dos debates fazendo perguntas aos deputados e
especialistas. Ele ganharam pulseiras de silicone com mensagens de
apelo mundial, como é o caso da luta contra o HIV.
Para o deputado Adelmo Carneiro Leão, "tão
importante quanto combater a AIDS é combater o preconceito. Lutar
contra o HIV é tarefa de todos os povos através de uma ação cidadã,
promotora da vida e da saúde, na lógica do respeito à diversidade".
De acordo com o deputado Ricardo Duarte, a participação nessa
campanha significa uma mudança de atitude da Casa, ao assumir o
trabalho de divulgação a respeito das formas de prevenção da AIDS.
Ele destacou a sensibilidade do presidente da Assembléia, deputado
Mauri Torres (PSDB), e da área de comunicação da Assembléia no
processo de planejamento e execução da campanha. "Espero que o
processo não termine neste dia, mas que seja uma atitude permanente
do Legislativo mineiro", finalizou.
Campanha nacional visa chegar aos negros
O tema da campanha nacional do Ministério da Saúde
deste ano é "AIDS e Racismo. O Brasil tem que viver sem
preconceito". De acordo com informações do IBGE, a população negra
nunca foi alvo de campanhas de prevenção da AIDS, embora represente
47,3% dos brasileiros contaminados. Além disso, os negros são 65% da
população de baixa renda, que têm acesso precário a informações
sobre prevenção e aos serviços de saúde. No Brasil, apesar da
tendência de estabilização da epidemia, os casos de AIDS vêm
aumentando entre os mais pobres.
Não existe evidência científica de que a população
negra apresente especificidades biológicas que a tornam mais
suscetível à infecção pelo HIV. No entanto, condições sociais,
econômicas e racismo são fatores que podem gerar ou aumentar a
vulnerabilidade ao vírus e à doença. O Boletim Epidemiológico 2005
mostra que, nos casos notificados com a variável raça/cor, houve
queda proporcional entre as pessoas que disseram ser da cor branca e
aumento proporcional entre aquelas que se auto-referiram como sendo
pretos ou pardos, especialmente entre os pardos. Em 2003, os homens
que disseram ser da cor branca responderam por 60,7% dos casos
registrados com a variável raça/cor. Naquele ano, as mulheres
que se disseram de cor branca responderam por 58,3%. Em 2004, o
percentual entre os homens caiu para 56,6% e entre as mulheres, para
52,8%.
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