Estudo sobre pinhão-manso vai ser apresentado em comissão

A Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembléia Legislativa ouve nesta terça-feira (29/11/05) o pe...

25/11/2005 - 01:00
 

Estudo sobre pinhão-manso vai ser apresentado em comissão

A Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembléia Legislativa ouve nesta terça-feira (29/11/05) o pesquisador do Centro Tecnológico da Epamig em Nova Porteirinha, Norte de Minas, Marco Antônio Viana Leite. O objetivo é conhecer os dados de seu trabalho sobre a cultura do pinhão-manso e de outras oleaginosas na fabricação de biodiesel, bem como sobre a viabilidade de produzir este combustível em Minas Gerais. A reunião foi solicitada pelo deputado Padre João (PT) e acontece às 15h15, no Plenarinho I.

A reunião dá seqüência à audiência pública realizada em Araçuaí, Vale do Jequitinhonha, em setembro, quando as Comissões de Participação Popular e de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática debateram a implantação de uma usina de biodiesel no Vale do Jequitinhonha. Naquela oportunidade, o pesquisador da Epamig falou dos estudos do órgão sobre a potencialidade de produção de pinhão-manso em Araçuaí.

O biodiesel é considerado o combustível limpo, perfeito substituto para o petróleo e pode ser extraído de qualquer planta oleaginosa, como soja, dendê, palma, mamona e amendoim. O pinhão- manso é um arbusto ou árvore com até 4 metros de altura, flores pequenas, cujo fruto tem sementes pequenas, dentro das quais se encontra a amêndoa branca, rica em óleo. A planta tem ciclo produtivo variável, sendo que em áreas de incidência em Minas Gerais, a produção por via vegetativa tem início em 10 meses, atingindo a plenitude em dois anos. No Estado, a colheita do pinhão-manso ocorre apenas uma vez, pelo menos nas condições de desenvolvimento espontâneo da planta.

Originária, possivelmente, do próprio Brasil, a planta foi levada pelos portugueses, no século XVIII para Cabo Verde, de onde se disseminou por toda a África. No Brasil, o pinhão-manso ocorre praticamente em todas as regiões, sempre de forma dispersa, adaptando-se em condições variáveis, propagando-se sobretudo nos estados do Nordeste, em Goiás e em Minas Gerais. No estado, a planta aparece principalmente em Januária, Brasília de Minas, Rio Pardo de Minas, Santa Maria do Suaçuí, Virgolândia, Rio Vermelho, Sabinópolis e Berilo.

 

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