Comissão avalia situação das cooperativas de crédito

A Comissão Especial do Cooperativismo vai debater, nesta terça-feira (22/11/05), a situação das cooperativas de crédi...

18/11/2005 - 01:00
 

Comissão avalia situação das cooperativas de crédito

A Comissão Especial do Cooperativismo vai debater, nesta terça-feira (22/11/05), a situação das cooperativas de crédito no Estado. A reunião será às 14h30, no Plenarinho IV. A comissão foi criada por solicitação do deputado Paulo Piau (PPS), em requerimento assinado ainda por outros deputados, para, num prazo de 60 dias, proceder a estudos e propor políticas públicas para o desenvolvimento do sistema cooperativista em Minas Gerais.

Os deputados estão ouvindo os 13 ramos do cooperativismo, um por semana, para traçar um diagnóstico do setor. Os ramos são os seguintes: consumo, educação, especiais, habitação, mineral, produção, agropecuária, crédito, saúde, trabalho, infra-estrutura, transporte e lazer e turismo. Minas Gerais é um dos poucos estados que têm uma lei sobre o assunto. Trata-se da Lei 15.075, de 2004, a Lei Estadual de Apoio ao Cooperativismo, que foi regulamentada este ano. A lei originou-se de um projeto do deputado Paulo Piau, que preside a comissão especial.

Foram convidados a participar da audiência desta terça-feira o secretário de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer; o presidente do BDMG, Romeu Scarioli; o presidente do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), Antônio de Azevedo Bomfim; o presidente da Cooperativa Central de Crédito Rural de Minas Gerais (Crediminas), Heli de Oliveira Penido; o presidente da Cooperativa Central de Crédito de Minas Gerais (Cecremge), Luiz Gonzaga Viana Lage; o presidente da Cooperativa Central de Economia e Crédito Mútuo dos Profissionais da Saúde de Nível Superior e Outros Segmentos de Crédito do Estado (Unicred Central MG), Geraldo Magela Coutor; o presidente da Cooperativa de Crédito de São Roque de Minas (Sicoob-Sacomcredi), João Carlos Leite; e a coordenadora estadual da Unidade de Cultura do Sebrae/MG, Andreia Majestade Damazio.

Força do cooperativismo - De acordo com dados do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), em Minas Gerais há 784 cooperativas e cerca de um milhão de cooperados. As cooperativas respondem por 50% das exportações de café e 53% das vendas externas de leite de Minas Gerais e contribuem com 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.

Espalhadas por todo o País, as cooperativas agrícolas respondem por 11% da produção de arroz e feijão, 17% do milho, 28% do café, 30% da soja e 40% do leite. No caso do trigo nacional, essa porcentagem chega a 62%. Em todo o Brasil, existem 7.136 cooperativas dos mais diversos ramos (agropecuário, de crédito, de saúde, trabalho, transporte), que somam mais de 6 milhões de associados.

Apenas as cooperativas de crédito empregam 26.500 pessoas em todo o Brasil. A Unimed-BH, principal cooperativa de saúde de Minas Gerais, tem nada menos que 550 mil usuários. A Consul, cooperativa de consumo do Vale do Aço, é responsável por 75% da arrecadação de ICMS do setor varejista da região. Os rádio-táxis da Região Metropolitana de Belo Horizonte somam um batalhão de 2.200 cooperados.

Mas os números também mostram que o potencial do setor ainda não é completamente explorado no Brasil. Estimativas da Organização das Nações Unidas apontam que pelos menos 2,4 bilhões de pessoas estão de alguma forma ligadas a cooperativas, o que representa cerca de 40% da população mundial. No Brasil, conforme a Ocemg, o número de pessoas com algum relacionamento com cooperativas é de 18 milhões, o equivalente a pouco mais de 10% da população.

 

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