Comissão vai a Formiga discutir construção de presídio regional

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa vai a Formiga nesta quarta-feira (16/11/05) discutir, em aud...

11/11/2005 - 01:00
 

Comissão vai a Formiga discutir construção de presídio regional

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa vai a Formiga nesta quarta-feira (16/11/05) discutir, em audiência pública, a construção do presídio regional e a paralisação de suas obras. O debate será com a população local, políticos, juízes, Promotoria de Justiça e Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). Segundo a prefeitura, o presídio está sendo construído contra a vontade da população, que defende a instalação de uma cadeia pública e de uma unidade da Apac. A reunião, solicitada pelo presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), será no Plenário da Câmara Municipal (Praça Ferreira Pires, nº 4), às 13h30.

O gabinete do deputado Durval Ângelo recebeu correspondência do prefeito de Formiga, Aluísio Veloso Cunha, em que ele questiona a atitude do governo estadual e condena a construção do presídio - cujas obras estão paralisadas no estágio de 31% de construção. São 440 vagas, e o presídio está sendo erguido no centro urbano, junto ao Centro Universitário de Formiga (Unifor/MG), que possui um movimento diário de 4 mil alunos.

Segundo o prefeito, tudo começou ainda no governo passado, quando a cadeia pública de Formiga foi destruída após uma rebelião. A sociedade se mobilizou e, após negociações envolvendo o governo do Estado, Legislativo, Judiciário e lideranças locais, ficou definido que seria construído um prédio para abrigar a Apac, nos moldes de Itaúna. Ele teria capacidade para 220 vagas e seria erguido em terreno do próprio Estado. Em contrapartida, a comunidade ficaria incumbida de sua manutenção. Com a mudança de governo, segundo o prefeito, os planos foram modificados e, quando as obras estavam em andamento, a população descobriu ser a construção um presídio.

Numa nova tentativa de negociação com o governo estadual, foi levantada a possibilidade de que uma parte do prédio abrigasse a cadeia pública e outra, a Apac. Ante o silêncio do governo, segundo o prefeito, o município entrou na Justiça contra o Estado, o governo federal e a construtora Hermeto Costa. Isto porque a obra, ainda de acordo com a correspondência do prefeito, possui recursos do governo federal. Já a empreiteira teria falido e os materiais do canteiro de obras teriam sido vendidos para cumprir obrigações trabalhistas. Recentemente, após nova rodada de negociações, o governo prometeu estudar a proposta da cidade e, em contrapartida, deveria ser retirada a ação na Justiça. No entanto, segundo o prefeito, depois disso chegou a notícia de que a construção do presídio regional seria retomada.

Convidados - São convidados: o prefeito de Formiga, Aluísio Veloso Cunha; o presidente da Câmara, Maurílio Geraldo Leão; a presidente da Apac, Maria da Glória Frias; os juízes de Direito da Comarca, Joaquim Morais Júnior e Silmara Silva Barcelos; e o promotor Alexandre Alves de Oliveira.

 

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