Técnicos da Seplag falam sobre experiência de revisão do PPAG

A revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), experiência que os poderes Executivo e Legislativo de Min...

17/10/2005 - 01:00
 

Técnicos da Seplag falam sobre experiência de revisão do PPAG

A revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), experiência que os poderes Executivo e Legislativo de Minas Gerais estão desenvolvendo conjuntamente pelo segundo ano consecutivo, com a participação de entidades e instituições da sociedade organizada, permitirá que o PPAG se transforme, de fato, num instrumento gerencial de planejamento do Estado. O processo demanda amadurecimento, aprendizado, mudança de cultura gerencial e constante aperfeiçoamento. A avaliação é dos técnicos da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) que participaram, na tarde desta segunda-feira (17/10/05), na Assembléia Legislativa, da segunda parte da reunião preparatória para a audiência pública de revisão do PPAG 2004/2007, que acontece nos dias 25 e 26 de outubro, no Plenário. Participaram da reunião cerca de 200 pessoas, entre representantes de entidades governamentais, como câmaras municipais, prefeituras e órgãos do Estado, e da sociedade civil.

Previsto na Constituição Estadual, o PPAG é um dos instrumentos de planejamento do Estado, sendo elaborado pelo Executivo no primeiro ano de mandato do governador, válido para um período de quatro anos. O plano estabelece de forma regionalizada, em consonância com o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI), as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública, com a discriminação dos recursos destinados à sua execução. É ele que dá, efetivamente, visibilidade às políticas e programas que o governo se compromete a implantar nos próximos quatro anos, estabelecendo metas e estratégias gerenciais e de captação de recursos. Já a revisão participativa, determinada na lei do PPAG, é realizada também por meio de uma parceria do Executivo com o Legislativo. Depois do evento dos dias 25 e 26, as sugestões da sociedade civil organizada vão se transformar em Propostas de Ação Legislativa a serem analisadas pela Comissão de Participação Popular. Lá, receberão parecer e, caso pertinentes, serão apresentadas sob a forma de emendas aos projetos de revisão do PPAG e do Orçamento para 2006 - que chegaram à ALMG em 30 de setembro. As propostas não pertinentes poderão se transformar em sugestões a outros órgãos.

Maria de Fátima Rodrigues Nascimbene, diretora Central de Planejamento, Avaliação e Políticas Públicas da Seplag, explicou que para a inclusão de um novo programa como projeto estruturador no PPAG, é necessário um diagnóstico da situação do problema e da demanda da sociedade; a identificação do programa com as diretrizes estratégicas do PMDI; e a identificação dos recursos que financiarão o programa proposto. Dos 270 programas governamentais, 33 são considerados, atualmente, projetos estruturadores. Maria de Fátima falou sobre as diretrizes estabelecidas pelo Executivo para a inclusão e exclusão de programas e revisão, desmembramento e aglutinação das ações relativas aos programas. Outro tema abordado na exposição da técnica foi a necessidade de se ter indicadores para medição da evolução dos programas, o que demanda uma mudança de cultura no serviço público. Hoje, 33% dos programas que constam no PPAG ainda não têm indicadores, e em 32,6% os indicadores existentes estão sendo revistos ou apurados.

Já o assessor da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento da Seplag, Ângelo Luiz Rezende, abordou o tema do gerenciamento intensivo dos projetos estruturadores. Segundo ele, para ser considerado estruturador um projeto deve preencher alguns requisitos, como sinalizar para as mudanças desejadas; ter efeito multiplicador; mobilizar e articular recursos públicos e privados em parceria; produzir percepção da sociedade sobre o problema; e organizar-se como um projeto com foco bem definido.

Em sua exposição, Ângelo Rezende falou, ainda, dos objetivos dos projetos estruturadores, conforme diretrizes estabelecidas pelo PMDI. Com relação à execução orçamentária e financeira dos projetos estruturadores, ele disse que em 2004 o índice de execução foi de 85,6%; e em 2005, até o dia 30 de setembro, de 48,5%, de um total previsto de R$ 883 milhões de investimentos. Considerando-se as empresas estatais (Cemig, Copasa e Gasmig), esses percentuais passam, respectivamente, para 75% e 36,3%. Ele disse que o governo trabalha com uma expectativa de "execução orçamentária grande" em 2006. A previsão, incluindo-se as empresas estatais, é de investimentos da ordem de R$ 3,9 bilhões nos projetos estuturadores.

 

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