Plenário aprova tabelas da Educação Básica e VTI em 1º
turno
As tabelas de vencimento básico das carreiras dos
profissionais da Educação Básica, previstas no Projeto de Lei (PL)
2.460/05, do governador, foram aprovadas em 1º turno na Reunião
Ordinária do Plenário desta quarta-feira (5/10/05), com as galerias
tomadas de servidores da educação e da saúde. A reunião chegou a ser
suspensa por mais de uma hora para entendimentos entre os deputados
da base governista e da oposição. O PL 2.463/05, também do
governador, que institui a Vantagem Temporária Incorporável (VTI),
também foi aprovado em 1º turno durante a reunião.
Os deputados do Bloco PT/PCdoB pediram a votação
destacada de várias emendas e também a priorização do substitutivo
nº 3, apresentado pelo bloco, no momento da votação do PL 2.460/05.
No entanto, o projeto foi aprovado com apenas uma alteração em
relação aos pareceres vindos das comissões, ou seja, na forma do
substitutivo nº 2 da Comissão de Administração Pública, com as
quatro emendas da comissão, com a subemenda nº 1 à emenda nº 23 e a
emenda nº 27, que haviam sido apresentadas em Plenário. A única
alteração foi a rejeição da emenda nº 30, que havia recebido parecer
pela aprovação.
Entre as principais mudanças aprovadas está a
criação de uma tabela de vencimento específica para o Colégio
Tiradentes, garantindo a percepção de adicionais para servidores
posicionados na nova carreira e a média de ganho de 15% na
remuneração do servidor. Também ficou garantido que nenhum servidor
poderá receber menos de R$ 300 e que a remuneração líquida não
poderá sofrer perda decorrente da aplicação da tabela. Outra
proposta contemplada estabelece que o tempo de serviço será
observado para a primeira evolução na carreira.
Oposição propôs mudanças nas tabelas
O líder do Bloco PT/PCdoB, André Quintão, durante o
encaminhamento da votação, expôs as modificações propostas pelos
deputados de oposição e pediu a sensibilidade dos colegas para a
aprovação delas. Entre as emendas estavam as que previam a
incorporação total da Parcela Remuneratória Compensatória (PRC), sem
a VTI; a promoção automática por escolaridade adicional; o
reposicionamento do servidor levando em conta o tempo de serviço; e
a antecipação do reajuste de 5% de julho para abril. "Depois de mais
de cem dias de debate, queremos a aprovação de uma tabela digna, que
contemple as reivindicações dos servidores", defendeu. O deputado
disse ainda que a emenda que garante que não haverá perda salarial
para os servidores e a manutenção dos benefícios dos designados
podem ser consideradas avanços ao projeto.
Ao final da votação, a deputada Lúcia Pacífico
(PSDB) foi atingida por um objeto, atirado das galerias, que lhe
causou um corte no supercílio direito. Ela foi atendida pelo médico
Ricardo Patrus, do Serviço Médico da Assembléia, que a encaminhou
posteriormente para um hospital da Capital para avaliar se o corte
necessitaria de ponto.
VTI - O PL 2.463/05 foi
aprovado na forma do substitutivo nº1 da Comissão de Constituição e
Justiça, com quatro emendas da Comissão de Administração Pública e
com a subemenda nº 1 à emenda 7. O bloco de oposição ao governo
também pediu a votação destacada das emendas. A VTI é a gratificação
que vai substituir a Parcela Remuneratória Complementar (PRC) e o
abono concedido aos servidores do Executivo em 1997. Terão direito
ao benefício todos os servidores do Executivo, com exceção dos
policiais civis e militares e agentes penitenciários. A VTI, no
entanto, será reduzida sempre que o servidor tiver aumento salarial
que não seja decorrente de promoção ou progressão na carreira.
Crítica - O deputado
Rogério Correia (PT) encaminhou a votação contrária ao projeto da
VTI. Ele argumentou que não houve reajuste de fato para os
servidores com as tabelas salariais enviadas pelo Executivo. Segundo
ele, o que houve foi incorporação de parte da PRC e do abono. "Os
planos de carreira têm o objetivo de acabar com os penduricalhos",
argumentou. O deputado disse ainda que a VTI deveria ser paga para
cada cargo do servidor e o projeto também não prevê isso.
Designados integrantes para Comissão Especial do
Cooperativismo
A Presidência designou, durante a reunião, os
deputados que farão parte da Comissão Especial do Cooperativismo,
que terá 60 dias para estudar e propor políticas públicas para o
desenvolvimento do sistema cooperativista do Estado. Farão parte da
comissão, como membros efetivos, os deputados Paulo Piau (PPS), Ana
Maria Resende (PSDB), Padre João (PT), José Henrique (PMDB) e Doutor
Viana (PFL). Os suplentes são os deputados Sebastião Costa (PPS),
Sargento Rodrigues (PDT), Laudelino Augusto (PT), Adalclever Lopes
(PMDB), e Gustavo Corrêa (PFL).
Durante a reunião foi informada a filiação do
deputado Leonídio Bouças ao Partido Social Cristão (PSC). Também
foram acatados requerimentos do deputado Doutor Viana e da deputada
Jô Moraes pedindo a retirada de tramitação dos PLs 1.912/04
(institui a política estadual do livro) e 2.248/05 (cria o programa
bombeiro professor), respectivamente.
O Plenário também aprovou pareceres de redação
final sobre os PLs 2.265/05, que trata do Cardiominas; 1.840/04, que
autoriza o cancelamento parcial da cláusula de reversão; 1.918/04,
que torna obrigatório equipar com aparelho desfibrilador cardíaco os
locais, veículos e estabelecimentos que menciona; e 2.063/05, que
dispõe sobre os bolsistas da Fhemig.
|