Direitos Humanos propõe soluções para IMLs de Barbacena e Lafaiete

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas vai buscar o apoio dos deputados votados na região ...

03/10/2005 - 00:00
 

Direitos Humanos propõe soluções para IMLs de Barbacena e Lafaiete

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas vai buscar o apoio dos deputados votados na região do Campo das Vertentes para, juntos, apresentarem emendas ao orçamento do Estado que garantam recursos para melhorar as condições de funcionamento das unidades do Instituto Médico Legal (IML) de Barbacena e Conselheiro Lafaiete. A informação foi prestada nesta segunda-feira (3/10/05) pelo presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), durante audiência pública na Câmara Municipal de Carandaí.

A reunião foi realizada a requerimento do próprio deputado. Ele recebeu, de vereadores de Carandaí, denúncias de que os postos do IML em Barbacena e Lafaiete estariam demorando demais na liberação dos corpos e que falta estrutura física para a realização das autópsias. O delegado regional de Barbacena, Edson Lopes, e o prefeito de Carandaí, Moacir Tostes de Oliveira, que é médico, não negaram que a liberação, em alguns casos, pode demorar, mas explicaram que muitas vezes isso ocorre porque a lei determina que a autópsia só pode ocorrer seis horas depois da morte.

Além disso, ela só pode ser feita durante o dia, pois os IMLs de Barbacena e Lafaiete não dispõem de iluminação adequada para o serviço noturno. Outra providência para resolver o problema será um pedido da comissão ao chefe da Polícia Civil, Otto Teixeira, no sentido de que sejam autorizadas obras de iluminação noturna naquelas unidades.

A agilização do serviço, afirmou Durval, é importante porque a demora, além de ser um desrespeito com os restos mortais, prolonga a dor da família. Edson Lopes aproveitou para informar aos vereadores que o IML de Barbacena nem tem sede própria, pois funciona dentro das instalações da Faculdade de Medicina. Apesar disso, ele nunca recebeu sequer uma reclamação nesse sentido de nenhum dos 19 municípios atendidos pela unidade. Por isso, se disse surpreso com a denúncia apresentada pelos vereadores.

Número de legistas é insuficiente

O chefe da seção de perícia do IML de Belo Horizonte, Niwton Carlos Toledo, disse que Minas Gerais conta hoje com 170 médicos legistas, número insuficiente para atender toda a demanda. "É necessário pelo menos o triplo desse número", afirmou.

Para o presidente da Câmara Municipal de Carandaí, Israel Luiz Baeta Alves de Souza, é inaceitável que os IMLs funcionem de forma precária. Ele quer a união dos vereadores de todos os municípios do Campo das Vertentes para pressionar o governo estadual a melhorar o atendimento e agilizar a liberação dos corpos. O vereador Francisco Eustáquio também se queixou do fato de os médicos legistas terem outros empregos, o que é permitido por lei.

O deputado Durval Ângelo sugeriu que o delegado Edson Lopes se reúna com os vereadores para informá-los sobre o funcionamento dos IMLs e as escalas de plantão dos médicos.

Presenças - Deputado Durval Ângelo (PT), presidente; Israel Luiz Baeta Alves de Souza, presidente da Câmara Municipal de Carandaí; Moacir Tostes de Oliveira, prefeito de Carandaí; Edson Lopes, delegado regional de Barbacena; Pedro Antônio Mendes Loureiro, delegado regional de Conselheiro Lafaiete; e Niwton Carlos Toledo, chefe da seção de perícias do IML de Belo Horizonte.

 

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