Conferência da Criança e Adolescente aprova mais de 50 propostas

Com a aprovação de mais de 50 propostas e eleição de 67 delegados, foi encerrada na tarde desta sexta-feira (30/9/05)...

30/09/2005 - 00:00
 

Conferência da Criança e Adolescente aprova mais de 50 propostas

Com a aprovação de mais de 50 propostas e eleição de 67 delegados, foi encerrada na tarde desta sexta-feira (30/9/05) a V Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente. Iniciado na última quarta-feira (28), o evento contou com mais de 300 pessoas representando conselhos tutelares de municípios das diversas regiões do Estado. As propostas aprovadas na conferência estadual, escolhidas entre mais de 170, serão levadas pelos delegados eleitos em um documento para a conferência nacional, em Brasília, entre os dias 12 e 15 de dezembro. A conferência, realizada no Parque de Exposições da Gameleira, resulta de uma parceria entre Assembléia Legislativa, governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Esportes (Sedese), e Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca).

Grupos - Sob a coordenação do presidente do Cedca e subsecretário de Direitos Humanos, João Batista de Oliveira, e do deputado João Leite (PSDB), a plenária final escolheu entre propostas elaboradas por três grupos de trabalho, reunidos nos dias anteriores da conferência. A divisão dos grupos foi esta, todos coordenados pelos seguintes conselheiros do Cedca: Grupo I - "O papel do Estado e da sociedade na formulação e fiscalização de uma política para a criança e o adolescente" (coordenação: Maria Auxiliadora de Fátima Costa e Geraldo Gonçalves de Oliveira Filho); Grupo II - "A participação social na elaboração, acompanhamento e fiscalização do orçamento público" (coordenação: Maria Conceição Barros e James Andris Pinheiro); e Grupo III - "A participação social na promoção e valorização da diversidade: gênero, raça, etnia, portador de deficiência, orientação sexual e procedência regional" (coordenação: Regina Cunha Mendes e Maria Cândida Jacques).

Políticas em prol da infância e da adolescência são propostas

Todas as reivindicações aprovadas referem-se a medidas em prol da infância e da adolescência, dentre as quais pode-se citar: aumentar o número de profissionais do Estado e capacitá-los para atuar junto a crianças e adolescentes; criar cursos de capacitação sobre o papel dos conselhos para o Executivo e o Legislativo; prever recursos do Estado e do Fundo da Infância e Adolescência (FIA) para a capacitação de conselheiros e membros dos três poderes; regulamentar e garantir o uso nos conselhos do Sistema Informatizado para a Infância e a Adolescência (Sipia) - atualmente funcionando em 120 municípios de Minas; e constituir comissão federal para regulamentar situação trabalhista dos conselheiros.

Outras propostas aprovadas foram: realizar diagnóstico sobre a realidade dos municípios e criar parcerias entre poder público e ONGs para atendê-los melhor; garantir que municípios destinem recursos para o FIA; fazer campanha publicitária sobre o FIA; aumentar recursos para o FIA e garantir sua aplicação; divulgar na mídia os conselhos tutelares e as dotações orçamentárias para a criança e o adolescente; incluir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) nos currículos de todas as escolas, públicas e particulares; e implantar o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos.

Legislação - Quanto a mudanças envolvendo leis, foram sugeridas, dentre outras: incluir na Constituição Federal destinação mínima para orçamentos federal, estadual e municipais da infância e adolescência; propor lei federal prevendo percentual de destinação das contribuições sociais, dos fundos estaduais e municipais; fazer denúncias ao Cedca e Ministério Público de governantes que não atendem às prioridades estabelecidas pelos conselhos inseridas no orçamento e criar legislação punitiva para os faltosos; e cobrar do Judiciário que crie varas especiais da infância e adolescência.

Dentre as propostas de políticas visando reduzir desigualdades destacam-se: fortalecer programas nas áreas de saúde e educação para crianças e adolescentes, inclusive com deficiência, visando erradicar as desigualdades; garantir cursos de formação profissional para adolescentes e sua inserção no mercado de trabalho; ampliar acessibilidade física e de comunicação para crianças e adolescentes deficientes; efetivar o programa afetivo sexual nas escolas; e criar programas que promovam o respeito à orientação sexual.

 

 

 

 

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