Lei Geral das Microempresas deve ser votada em novembro

A mudança do teto dos atuais R$ 1,2 milhão para R$ 3,6 milhões para enquadramento como microempresa e a apreciação do...

19/09/2005 - 00:02
 

Lei Geral das Microempresas deve ser votada em novembro

A mudança do teto dos atuais R$ 1,2 milhão para R$ 3,6 milhões para enquadramento como microempresa e a apreciação do projeto de lei federal em novembro foram informações prestadas nesta segunda-feira (19/9/05), durante audiência pública da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembléia Legislativa. A reunião, realizada na Câmara Municipal de Nova Lima, foi pedida pelo deputado Carlos Gomes (PT), vice-presidente da comissão, com o objetivo de discutir a "Proposta da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas". As informações foram passadas pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), integrante da comissão especial que estuda a proposta.

O deputado informou ainda que o anteprojeto, que ainda está na Casa Civil, deve ser anexado ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 210/04, da Presidência da República, em forma de substitutivo. O anteprojeto foi discutido durante um ano com os empresários e trabalhadores. O PLP 210, que já está tramitando, é a proposição que regulamenta a pré-empresa. Segundo o deputado, o que falta é fechar o acordo político com os integrantes do Confaz (Conselho de Secretários de Estado da Fazenda), para repartição dos impostos.

O deputado Carlos Gomes, autor da Frente Parlamentar em Defesa da Micro e Pequena Empresa da Assembléia, manifestou sua esperança na aprovação da lei ainda este ano, "apesar da crise do País, que, no entanto, não afetou a economia", disse. Para ele, o Brasil tem muitas leis, mas sua eficácia é ruim, "porque não se debate antes com os interessados, ao contrário do que aconteceu com o anteprojeto da Lei Geral da Micro e Pequena Empresas". Ele destacou a importância do segmento na economia do País, "responsável por 60% dos empregos gerados no Brasil".

Nova lei pretende desburocratizar a abertura das pequenas empresas

O anteprojeto apresentado pelo consultor em políticas públicas do Sebrae, Jefferson Ney Amaral, em cartilha distribuída ao público, informa que 99% dos empreendimentos do País são representados por micro e pequenas empresas, que contribuem com 20% do PIB nacional.

A necessidade de uma mudança nas exigências para abertura de novas empresas e de simplificação dos documentos e impostos gerou o anteprojeto, que tem como pilares: a geração de empregos, a distribuição de renda, a redução da informalidade, o incentivo ao crescimento das empresas, a ampliação da competitividade e o desenvolvimento da economia.

Para alcançar tais objetivos, segundo Jefferson Amaral, a lei precisa estabelecer um tratamento diferenciado e simplificado para o segmento; racionalizar os procedimentos tributários, por meio de recolhimento unificado de impostos da União, Estados e municípios, com um sistema único de arrecadação; criar o cadastro integrado e unificado de dados e informações visando a desburocratização e simplificação da abertura, funcionamento e baixa de empresas; facilitar o acesso ao crédito, a novos mercados e à tecnologia; estimular o associativismo e a utilização de mediação e arbitragem na solução de conflitos.

A esperança na aprovação da lei foi manifestada pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Nova Lima, Délio Wagner Soares, e pelo presidente do Conselho das Micro e Pequenas Empresas da Associação Comercial de Minas Gerais, Olival Gonzaga. Para o presidente da União dos Varejistas de Minas Gerais, Lázaro Pontes, se a lei for aprovada, vai representar a realização dos anseios de mais de 15 anos de todo um segmento econômico

Presenças - Deputados Carlos Gomes e Jésus Limas, do PT; deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG); prefeito de Nova Lima, Carlos Rodrigues; prefeito de Rio Manso, Padre Divino Eroberto Ferreira; vereadores e lideranças empresariais.

 

 

 

 

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