Veto à proposição que trata da defesa sanitária vegetal recebe parecer

Mais um dos sete vetos que estão na pauta de Plenário teve o parecer lido na Reunião Extraordinária da manhã desta qu...

15/09/2005 - 00:01
 

Veto à proposição que trata da defesa sanitária vegetal recebe parecer

Mais um dos sete vetos que estão na pauta de Plenário teve o parecer lido na Reunião Extraordinária da manhã desta quinta-feira (15/9/05). Designado relator pela Presidência, o deputado Dilzon Melo (PTB) opinou pela manutenção do Veto Parcial à Proposição de Lei 16.589, que dispõe sobre a defesa sanitária vegetal do Estado. A proposição origina-se do ex-PL 639/03, do deputado Leonardo Moreira (PL). Assim como os demais vetos, este encontra-se na faixa constitucional. Isto significa que, como não foi apreciado pela Assembléia no prazo determinado, agora tem prioridade na pauta sobre as demais matérias. Nenhum dos vetos foi, por outro lado, votado nesta manhã.

O veto à Proposição de Lei 16.589 é ao parágrafo único do artigo 4º. Ele determina que as ações de defesa sanitária vegetal serão coordenadas pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em articulação com o SUS no que se referir à saúde pública. As ações serão realizadas com a participação de: entidades gestoras de fundos organizados pelo setor privado para complementar as ações do poder público em defesa vegetal; órgãos de fiscalização das categorias profissionais diretamente vinculadas à defesa sanitária vegetal; produtores e trabalhadores rurais, suas associações e os profissionais que lhes prestarem assistência técnica.

O Executivo esclarece que a defesa sanitária vegetal diz respeito exclusivamente à prevenção, controle e erradicação de pragas e doenças dos vegetais, não havendo registro histórico de pragas ou doenças das plantas transmissíveis ao ser humano. Desta forma, não há como promover a articulação da Secretaria de Agricultura com o SUS. O relator concordou com a alegação do Executivo.

Deputada cobra mudanças no conteúdo das tabelas salariais

Ao discutir o veto parcial, a deputada Jô Moraes (PCdoB) disse que os sucessivos vetos do governador a políticas públicas e a proposições de autoria parlamentar fazem com que os deputados sintam-se "golpeados e cerceados na ação legislativa". Referindo-se também aos projetos de tabelas salariais da educação, a deputada afirmou que seu conteúdo contradiz toda a campanha de divulgação governamental que prega a valorização do servidor. As principais críticas de Jô Moraes dizem respeito aos seguintes pontos: que o Executivo não levou em consideração o tempo de serviço no posicionamento do servidor nas tabelas; e que o reposicionamento pela habilitação do servidor não será automático, mas estará condicionado à deliberação da Câmara Gestora.

A deputada lembrou que havia uma proposta alternativa, dos parlamentares da base do governo e da oposição, de que o governo fizesse um levantamento cadastral para apontar o tempo de serviço de cada servidor. Depois disso, haveria o reposicionamento. Ela também fez referência a emenda que garantiu que se levasse em conta o tempo de serviço, por ocasião da primeira promoção ou progressão. Para ela, a emenda não resolve o problema. Jô Moraes cobrou ainda o cumprimento de acordo entre Secretaria de Estado da Educação (SEE) e grevistas, em 2004. Nesse acordo, a SEE prometeu a incorporação total do abono de R$ 45,00 e da chamada PRC. A deputada falou sobre a situação difícil dos técnicos da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e apelou para um acordo entre Executivo e deputados do governo e da oposição para votação das tabelas salariais.

Em aparte, o deputado Weliton Prado (PT) apoiou as palavras da deputada e criticou o fato de que, hoje, professores de 1ª a 4ª séries recebem R$ 212,00 como vencimento básico - valor inferior ao do salário mínimo.

 

 

 

 

 

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