Frente pelo Direito à Legítima Defesa é lançada na
Assembléia
A Assembléia Legislativa lançou nesta terça-feira
(13/9/05) a Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa. A
solenidade foi no Salão Nobre e contou com a participação de
deputados estaduais e federais, vereadores, desembargadores e
representantes de órgãos de polícia federais e estaduais. A frente
estadual será coordenada pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT) e já
conta com adesão de 33 parlamentares.
O deputado federal Alberto Fraga (PFL-RJ),
coordenador da Frente Nacional pelo Direito da Legítima Defesa,
disse que 87% de armas de fogo envolvidas em crimes de segurança
pública são ilegais. Ele informou que o governo federal está
gastando com a campanha do desarmamento R$ 564 milhões, enquanto
aplicou, em segurança pública, este ano, apenas R$ 169 milhões. "Não
vamos permitir que seja retirado das pessoas o direito à legítima
defesa se o governo não tem competência para proporcionar segurança
pública ao cidadão", completou.
Para a coordenadora em Belo Horizonte da Frente
Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa, vereadora Elaine
Matozinhos (PTB), as pessoas estão sendo vítimas de propagandas de
setores da sociedade que são a favor do desarmamento da população."
Os bandidos não serão atingidos pela campanha, não podemos permitir,
será um caos", afirmou a vereadora. Elaine Matozinhos, que é
profissional de segurança pública há mais de 30 anos, lembrou que
Londres é considerada hoje a capital da violência, porque também
passou por uma campanha de desarmamento.
O deputado Sargento Rodrigues acredita que a
proibição do uso da arma de fogo ameaça os direitos e garantias
fundamentais do cidadão, como é previsto no artigo 5º da
Constituição da República. Para o deputado, caso a população opine
pelo desarmamento, a criminalidade vai aumentar. "Os cidadãos vão
ficar desarmados, mas os criminosos continuarão usando armas
contrabandeadas", afirmou. O deputado defendeu que o governo deveria
gastar com segurança pública o que está gastando com a campanha do
desarmamento e lamentou que 50 municípios mineiros ainda não têm uma
viatura policial.
Participaram da mesa além dos citados na matéria o
deputado federal Cabo Júlio (PSC/MG); o desembargados Luiz Alberto
Lajes, representando o presidente do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais; e o represente da OAB, Adilson Geraldo Rocha.
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