Frente pelo Direito da Legítima Defesa será lançada na terça (13)

A Assembléia lança, nesta terça-feira (13/9/05), a Frente Parlamentar pelo Direito da Legítima Defesa, por solicitaçã...

09/09/2005 - 00:00
 

Frente pelo Direito da Legítima Defesa será lançada na terça (13)

A Assembléia lança, nesta terça-feira (13/9/05), a Frente Parlamentar pelo Direito da Legítima Defesa, por solicitação do deputado Sargento Rodrigues (PDT). Integrado por 32 parlamentares, o grupo será oficialmente criado às 15 horas, no Salão Nobre. O evento ocorre semanas depois da criação da Frente Parlamentar Estadual por um Brasil sem Armas, no dia 25 de agosto. A instalação das duas frentes precede a realização de um ciclo de debates pelo Legislativo mineiro, em 3 de outubro, para esclarecer a população sobre o referendo de 23 de outubro. Nele, os eleitores vão responder a pergunta: "o comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?".

Para o deputado Sargento Rodrigues, o pacto pela paz deverá ser feito, mas depois que o País tiver um sistema de justiça criminal à altura para garantir que o cidadão caminhe tranqüilamente pelas ruas. "Retirar seu direito de defender a própria vida é, na verdade, entregar a população aos bandidos", opina. O parlamentar critica o que considera uma campanha maciça das grandes mídias pela proibição do comércio de armas. Na opinião dele, o pacto pela paz deve ocorrer somente quando o aparelho de justiça criminal - formado pelas polícias, Ministério Público, Judiciário e sistema prisional - estiver preparado para assegurar a segurança da população.

O parlamentar alega que a Lei nº 10.826, de 2003, já é rigorosa e severa o bastante para inibir o comércio. "Se formos até as casas de armas e munições da Capital e perguntarmos quais foram as últimas armas e munições vendidas, nós nos certificaremos de que a venda caiu bruscamente após a edição da nova lei", afirma, referindo-se ao Estatuto do Desarmamento. Sargento Rodrigues alega que, caso seja aprovada a proibição do comércio, o bandido é quem estará tranqüilo. "Mesmo aquele que tiver a posse registrada ficará indefeso, visto que, em algum momento, precisará comprar munição, cuja venda será proibida", completa.

Sobre o referendo - O referendo do dia 23 de outubro será a maior consulta popular informatizada do mundo: mais de 122 milhões de eleitores de 5.564 municípios irão às urnas para decidir se a comercialização de armas de fogo e de munição no Brasil deve ou não ser proibida. No ano passado, 119.821.569 eleitores participaram das eleições municipais de 3 de outubro.

É o referendo que decidirá se entrará em vigor o artigo 35 da Lei nº 10.826, de 2003. Esse dispositivo proíbe a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no artigo 6º (rol dos agentes que podem portar arma de fogo). Ao contrário do plebiscito, quando a consulta ao cidadão ocorre antes de uma lei ser instituída, no referendo a consulta se dá depois da lei pronta. O voto no referendo é obrigatório e aqueles que não puderem votar deverão justificar sua ausência para a Justiça Eleitoral.

 

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