Tabelas da educação e da saúde passam pela Comissão de Administração

A Comissão de Administração Pública da Assembléia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (6/9/05), pareceres de 1º tu...

06/09/2005 - 00:02
 

Tabelas da educação e da saúde passam pela Comissão de Administração

A Comissão de Administração Pública da Assembléia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (6/9/05), pareceres de 1º turno sobre os projetos de lei do governador que dispõem sobre as tabelas de vencimento dos servidores da Educação Básica e da Saúde e sobre o projeto de lei que dispõe sobre a Vantagem Temporária Incorporável (VTI). Os pareceres foram aprovados com voto contrário do deputado Ricardo Duarte (PT). Os projetos estavam também na pauta da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária desta terça, para análise ainda em 1º turno.

Educação Básica - O PL 2.460/05, que dispõe sobre as tabelas de vencimento da Educação Básica, teve como relator o deputado Dinis Pinheiro (PSDB). Ele opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 2, que apresentou. O substitutivo cria uma tabela de vencimento específica para o Colégio Tiradentes, garante a percepção de adicionais para servidores posicionados na nova carreira e a média de ganho de 15% na remuneração do servidor.

O substitutivo também contempla algumas emendas apresentadas pelo Bloco PT/PCdoB. Uma delas suprime o parágrafo 3º do artigo 18 do substitutivo nº 1, apresentado pela Comissão de Constituição e Justiça. Esse dispositivo proibia o exercício de cargo comissionado ou função gratificada por servidor que fizesse opção por permanecer na carreira antiga. O substitutivo também contempla a proposta de que nenhum servidor poderá receber menos de R$ 300 e garante que a remuneração líquida não poderá sofrer perda decorrente da aplicação da tabela. Outra proposta contemplada estabelece que o tempo de serviço será observado para a primeira evolução na carreira.

No total, foram apresentadas 15 emendas ao PL 2.460/05 na Comissão de Administração Pública. As emendas rejeitadas tinham como objetivo vincular o vencimento a indicadores como o IPCA ou o salário mínimo, alterar regras das carreiras e estabelecer uma data anual de ajuste.

Saúde - O deputado Fahim Sawan (PSDB), presidente da Comissão de Administração Pública, foi também o relator do PL 2.462/05, que dispõe sobre as tabelas de vencimento dos servidores da Saúde. O parecer foi pela aprovação na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça. O projeto também recebeu 12 emendas, que foram rejeitadas porque, segundo o relator, tinham problemas constitucionais. Propunham a criação ou aumento de despesa com a vinculação do vencimento ao IPCA ou salário mínimo, o que é vedado pela Constituição Federal.

As emendas tratam da equiparação do nível inicial das carreiras médicas da Fundação Hemominas e da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig); da equiparação do nível inicial das carreiras de nível médio (técnico operacional da saúde, técnico em hematologia e hemoterapia e o técnico de atenção à saúde) da Hemominas, Fhemig e Secretaria de Estado da Saúde.

Também garantem a não redução da remuneração líquida em função do posicionamento; a criação de quarto nível de entrada na Fundação Ezequiel Dias (Funed) para analista de saúde e tecnologia, que permitirá a contratação de mestres diretamente; consideração do tempo de serviço anterior às carreiras como critério para primeira progressão e promoção. Será feita, ainda, a designação dos Analistas de Saúde e Tecnologia da Funed para pesquisador, no caso de desenvolvimento de atividade de pesquisa.

VTI - O PL 2.463/05, que dispõe sobre a instituição da Vantagem Temporária Incorporável (VTI), recebeu parecer pela aprovação, na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça, e acatou modificações encaminhadas à Assembléia pelo governador, por meio de quatro emendas apresentadas. O relator foi o deputado Fahim Sawan (PSDB).

A emendas tratam de regras para a concessão e cálculo da VTI para os cargos comissionados. A emenda nº 1 propõe a inserção do parágrafo 2º ao artigo 10 do projeto, que trata da situação do servidor que for exonerado de cargo em comissão. A emenda nº 2 acrescenta o parágrafo 3º ao artigo 5º e a emenda nº 3 transforma o parágrafo único em 1º e acrescenta os parágrafos 2º a 3º ao artigo 9º. A emenda nº 4 acrescenta artigos e anexos I, II e III, além de suprimir o parágrafo 1º ao artigo 2º.

Os deputados Ricardo Duarte (PT), Rogério Correia (PT) e Jô Moraes (PCdoB) criticaram o governo. Segundo Ricardo Duarte, o governo engessou a discussão dos projetos com valores financeiros. A deputada Jô Moraes defendeu que o tempo de serviço seja considerado para o reposicionamento dos servidores na carreira. Para o deputado Rogério Correia, as tabelas são uma "dança de números que não representa aumento". Ele disse que não está convencido de que não é possível aumentar os gastos com os salários, uma vez que o governo faz propaganda do aumento da receita no Estado.

Avulsos - O deputado Fahim Sawan (PSDB) também foi relator do PL 2.542/05, que altera as leis que criaram as carreiras do funcionalismo público estadual. Ele determinou a distribuição de avulsos (cópias) do parecer a todos os deputados, ficando, assim, adiada a votação para a próxima reunião.

Vista - Também foi adiada para a próxima reunião a votação do parecer sobre emendas de 1º turno apresentadas em Plenário a PL 1.005/05. O projeto dispõe sobre o Quadro de Cargos dos Serviços Auxiliares da Secretaria do Tribunal de Contas, e o deputado Sargento Rodrigues (PDT) pediu vista do parecer (prazo para análise). O relator, deputado Fahim Sawan (PSDB), opinou pela rejeição das emendas nº 2 e 4 e pela aprovação da subemenda nº 1 à emenda nº 3.

A emenda nº 2, do deputado Leonídio Bouças (PTB), estabelece o valor máximo de R$ 11.594,98 para a remuneração a qualquer título dos servidores, incluindo as vantagens adicionais e adicionais por tempo de serviço, até que seja fixado em lei o valor do subsídio do conselheiro do Tribunal de Contas. A emenda nº 3, da deputada Elisa Costa (PT), cria 56 cargos na Secretaria do Tribunal, alterando a redação do artigo 1º e do Anexo I, Quadro A, do projeto. A emenda nº 4, da deputada Jô Moraes (PCdoB), suprime do substitutivo nº 1, apresentado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, dispositivo que estabelece os posicionamentos na carreira na promoção vertical.

Na fase de discussão, os deputados Sargento Rodrigues (PDT), Rogério Correia (PT) e Ricardo Duarte (PT) defenderam o estabelecimento de teto para a remuneração no Tribunal de Contas. Por isso, foi aprovado requerimento desses deputados e, ainda, de Elisa Costa (PT), Paulo Cesar (PFL) e Dinis Pinheiro (PSDB) solicitando ao presidente do Tribunal de Contas que informe sobre a existência de teto salarial naquele órgão, o valor e se há servidores que recebem acima do teto.

A comissão também aprovou requerimento do deputado Rogério Correia (PT), solicitando informações à Cemig sobre repasse de verbas à agência de publicidade SMPB.

Presenças - Deputados Fahim Sawan (PSDB), presidente; Dinis Pinheiro (PSDB); Ricardo Duarte (PT); Sargento Rodrigues (PDT); Paulo Cesar (PFL); Rogério Correia (PT); Ermano Batista (PSDB); Domingos Sávio (PSDB); Dalmo Ribeiro Silva (PSDB); Weliton Prado (PT); Miguel Martini (sem partido); Edson Rezende (PT) e Célio Moreira (PL) e as deputadas Jô Moraes (PCdoB) e Elisa Costa (PT).

 

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