Deputados da Cipe Rio Doce vão a Aimorés, Itueta e Resplendor

Quase dois anos depois de interferirem para assegurar melhores condições de negociação aos atingidos pela barragem da...

05/09/2005 - 00:00
 

Deputados da Cipe Rio Doce vão a Aimorés, Itueta e Resplendor

Quase dois anos depois de interferirem para assegurar melhores condições de negociação aos atingidos pela barragem da Usina Hidrelétrica de Aimorés, os deputados da Cipe Rio Doce voltam a Itueta, Aimorés e Resplendor para cobrar da empresa o cumprimento das condicionantes ambientais que ainda faltam, antes do início das operações da usina. A pedido do deputado Márcio Passos (PL), com base em denúncia encaminhada com 40 assinaturas, e do deputado José Henrique (PMDB), a Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce realiza reuniões nas três cidades, na próxima sexta-feira (9/9/05)

A Cipe se reúne às 9 horas na Associação Comercial de Aimorés; às 13 horas no auditório da Prefeitura de Itueta, e às 17 horas no Resplendor Tênis Clube. Estão confirmadas as presenças dos deputados Márcio Passos, José Henrique, Paulo Foletto (PSB-ES), e da deputada Elisa Costa (PT). Devem comparecer também o deputado Célio Moreira (PL), e os deputados federais João Magno (PT) e Mauro Lopes (PMDB).

A deputada Elisa Costa propôs, e a Cipe aprovou, uma agenda de audiências para a popularização do Projeto Rio Doce Limpo, que pretende despoluir 90% da bacia até o ano 2020. No próximo dia 14, haverá uma audiência em Brasília onde os deputados federais da bancada do Rio Doce vão pressionar pela inclusão de verbas para o Rio Doce Limpo no Orçamento de 2006. Esforços das bancadas estaduais mineira e capixaba também serão realizados com mira nos orçamentos estaduais.

Já estão marcadas audiências públicas da Cipe nas cidades de Ponte Nova e Mariana (30 de setembro), Coronel Fabriciano e Ipatinga (28 de outubro), e Itabira e Conceição do Mato Dentro (30 de novembro). Ainda sem data estão as reuniões de Caratinga e Manhuaçu. A agenda para as cidades capixabas de Colatina, Baixo Guandu e Linhares será marcada pelos deputados do Espírito Santo.

Empreendimento de US$ 230 milhões

A Usina Hidrelétrica de Aimorés está sendo construída por um consórcio formado pela Cia. Vale do Rio Doce e pela Cemig, ao custo de US$ 230 milhões. Destina-se a produzir 330 megawatts e está formando um lago de 31 km2 quase na fronteira de Minas com o Espírito Santo, que vai submergir inteiramente a cidade de Itueta e parte de Resplendor. O consórcio construiu uma nova cidade para 1.200 habitantes.

Depois que a Cipe Rio Doce realizou reuniões em Aimorés, Itueta e Baixo Guandu, em 10 de outubro de 2003 - das quais participou o próprio presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, que era o deputado Cláudio Vereza - os moradores deslocados obtiveram melhores condições do consórcio. Outras ações parlamentares buscaram indenizações corretas para as terras a serem inundadas e intermediaram conflitos entre remanescentes indígenas krenaks e fazendeiros do entorno do Parque Estadual de Sete Salões. Recursos do consórcio para mitigação dos impactos ambientais estão sendo empregados em iniciativas ecológicas na região, em Comboios e Caparaó, mas persiste a pressão para que o Ibama não conceda a licença de operação da usina até que todas as condicionantes ambientais sejam cumpridas.

 

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