Plenário aprova adição de ferro e ácido fólico nas farinhas

Em 2º turno, o Plenário da Assembléia aprovou, na reunião extraordinária das 20 horas desta quarta-feira (31/8/2005),...

31/08/2005 - 00:00
 

Plenário aprova adição de ferro e ácido fólico nas farinhas

Em 2º turno, o Plenário da Assembléia aprovou, na reunião extraordinária das 20 horas desta quarta-feira (31/8/2005), o Projeto de Lei 1.883/04, do deputado Miguel Martini (sem partido). O PL dispõe sobre a adição de ferro e de ácido fólico nas farinhas de trigo, de milho e de mandioca produzidas e comercializadas em Minas Gerais. Foram aprovados cinco projetos em 1º turno: PLs 324/03, do deputado Leonardo Quintão (PMDB); 811/03, da deputada Jô Moraes (PCdoB); 1.330/03, do deputado Gil Pereira (PP); 2.038/05, do deputado Paulo Piau (PP) e 2.114/05, do governador do Estado. O PL 2.140/2005, do deputado Doutor Viana (PFL), tinha parecer pela rejeição da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), recebeu emenda do deputado Miguel Martini e foi devolvido pelo presidente à Comissão de Saúde para novo parecer.

Farinhas enriquecidas - O projeto 1.883/04 foi relatado em Plenário pelo deputado João Leite (sem partido), cujo parecer endossou as razões do autor. "A adição de ferro é recomendada por entidades de pesquisa dos Estados Unidos e do Chile, pela sua capacidade de evitar graves carências nutricionais e o comprometimento do desenvolvimento físico. Já o ácido fólico, ou vitamina B9, favorece o desenvolvimento do tubo neural das gestantes, e evita a anencefalia", disse João Leite, referindo-se ao nascimento de bebês sem cérebro.

No entanto, João Leite propôs emenda suprimindo a expressão "farinha de mandioca", por entender que a fabricação desse alimento é feita em instalações rudimentares e familiares que teriam muita dificuldade em cumprir a exigência de adição desses suplementos. O projeto foi aprovado com a supressão e agora vai a sanção do governador.

Salas de aula - O PL 324/03, do deputado Leonardo Quintão, quer estabelecer o limite máximo de alunos por sala de aula na rede pública de ensino. Foi aprovado em 1º turno na forma do Substitutivo nº 1 da Comissão de Educação, que altera as proporções do projeto original, estabelecendo 20 crianças para a educação infantil; 25 para o ciclo inicial do ensino fundamental; 35 para os anos finais do ensino fundamental; 40 para o ensino médio; e de 8 a 15 para ensino especial, conforme a deficiência.

Mortalidade materna - Da deputada Jô Moraes, foi aprovado em 1º turno o PL 811/03, que cria o Cadastro Mineiro de Controle da Mortalidade Materna. O projeto recebeu emendas na Comissão de Justiça, que foram prejudicadas pelo Substitutivo nº 1, da Comissão de Saúde.

Visitas a prisões - O deputado Gil Pereira viu aprovado em 1º turno seu PL 1.330/03, que disciplina o monitoramento e a identificação de visitantes a sentenciados e presos provisórios nos presídios e cadeias do Estado. A aprovação se deu na forma do Substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Transporte escolar - O deputado Paulo Piau foi quem propôs o PL 2.038/05, que estabelece normas para a prestação de serviço de transporte escolar rural na rede estadual de ensino por profissionais autônomos contratados por prefeituras municipais. O projeto foi aprovado em 1º turno, assim como o PL 2.114/05, do governador, que autoriza o Executivo a doar imóvel ao município de Conquista.

Informação nutricional - A intenção do PL 2.140/05, do deputado Doutor Viana, é tornar obrigatória a informação nutricional de produtos fabricados nos próprios estabelecimentos comerciais de Minas, vendidos sem embalagem própria. Aprovado pela CCJ, o projeto recebeu substitutivo na Comissão de Saúde, mas a FFO aprovou parecer pela rejeição. O PL recebeu emenda do deputado Miguel Martini (PSB) e foi remetido pelo presidente à Comissão de Saúde, para novo parecer.

GNV e postos de saúde - Na fase inicial da reunião, o deputado Alencar da Silveira Jr (PDT) condenou as altas alíquotas de impostos estaduais que recaem sobre o GNV (Gás Nacional Veicular) e prometeu mobilizar os usuários para reduzi-las. Também o deputado Gilberto Abramo (PMDB) trouxe ao Plenário denúncias de mau funcionamento de vários postos de saúde da Prefeitura de Belo Horizonte.

 

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