Debate sobre tabelas continua nesta semana com presença de secretários

O debate sobre as tabelas salariais dos servidores da Saúde, Educação Básica e Ensino Superior, tratadas nos Projetos...

26/08/2005 - 00:00
 

Debate sobre tabelas continua nesta semana com presença de secretários

O debate sobre as tabelas salariais dos servidores da Saúde, Educação Básica e Ensino Superior, tratadas nos Projetos de Lei (PL) 2.460, 2.461 e 2.462/05, respectivamente, continua nesta semana, na Comissão de Administração Pública. Os projetos, assim como o PL 2.463/05, que cria a Vantagem Temporária Incorporável (VTI), receberam pareceres favoráveis da Comissão de Constituição e Justiça na última quarta-feira (24). As audiências foram solicitadas pelos deputados Doutor Viana (PFL), Rogério Correia (PT), Fahim Sawan (PSDB) e Ricardo Duarte (PT). O presidente da Comissão de Administração Pública da Assembléia, deputado Fahim Sawan, espera que as reuniões possibilitem discussões mais técnicas sobre os projetos. "O governo estadual tem se mostrado disposto a atender as reivindicações dos servidores dentro do orçamento previsto", afirmou.

Para a discussão da tabela da Saúde, na terça-feira (30), foram convidados o secretário de Estado da Saúde, Marcus Pestana; o diretor da Coordenação Sindical e do Sind-Saúde, Renato Barros; o diretor da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg), Carlos Augusto dos Passos Martins; e o presidente do Sindicato dos Médicos, Cristiano Gonzaga da Mata Machado. A reunião será às 14h30, no Auditório.

Na quarta-feira (31), a Comissão de Administração Pública recebe a secretária de Estado de Educação, Vanessa Guimarães, para debater o projeto que contém a tabela dos profissionais da Educação Básica e o PL 2.463/05, que cria a Vantagem Temporária Incorporável (VTI). A VTI é a gratificação que vai substituir a Parcela Remuneratória Complementar (PRC) e o abono concedido aos servidores do Executivo em 1997.

Para a reunião, marcada para as 14h30, no Plenarinho IV, também foram convidados a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Maria Ignez Camargo; as presidentes da Associação dos Professores Públicos de Minas Gerais (APPMG), Joana D'Arc Gontijo; da Associação Mineira de Supervisores Pedagógicos (Amisp), Gysélia de Castro Pinto; da Associação Mineira de Inspetores Escolares (AMIE), Maria Alice Amado; e da Associação dos Funcionários Aposentados do Estado de Minas Gerais (Afaemg), Maria Helena Fonseca Mansur.

A tabela dos servidores do Ensino Superior será tratada em audiência pública na quinta-feira (1º/9), às 10 horas. O secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Bilac Pinto, as presidentes da Associação dos Servidores Docentes da Unimontes, Maria Márcia Bicalho Noronha; e da Associação dos Servidores da Uemg, Antônio Augusto de Jesus foram convidados para o debate. A audiência será às 10 horas, no Plenarinho IV.

Primeira audiência reuniu mais de mil servidores na ALMG

O primeiro debate sobre as tabelas salariais, com a presença do secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Antônio Augusto Anastasia, e de dirigentes das entidades representativas dos servidores, reuniu cerca de 1,2 mil servidores no Plenário da Assembléia, na quinta-feira (25). Os servidores protestaram contra o uso da avaliação de desempenho como instrumento de punição, o piso salarial inferior ao salário mínimo e o risco de redução de salários com a adesão para a nova carreira. Eles reivindicaram a garantia de reajustes anuais, piso maior e a garantia de ganhos salariais reais com a criação da Vantagem Temporária Incorporável (VTI).

Nessa reunião, o secretário disse que o governo não tem como arcar com as reivindicações do funcionalismo. Segundo ele, o impacto no orçamento estadual com os reajustes prometidos para os servidores está estimado em R$ 245 milhões em 2005, R$ 525 milhões em 2006 e outros R$ 610 milhões em 2007. Caso o governo concordasse com a incorporação total das gratificações salariais, como reivindicam os servidores, o impacto nos cofres públicos seria de R$ 2,3 bilhões. De acordo com o deputado Doutor Viana (PFL), presidente da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática da Assembléia, os aumentos precisam ser condizentes com as possibilidades do caixa do Estado. "Ideal seria que o reajuste pudesse ser maior, mas a aprovação das carreiras e o envio das tabelas é um passo importante na melhoria de condições para os servidores do Estado", avaliou.

Para o deputado Ricardo Duarte (PT), as tabelas não atendem às necessidades dos servidores. Os deputados do Bloco PT/PCdoB defenderam alterações aos projetos das tabelas, como o pagamento retroativo do abono de R$ 45 para todos os profissionais da educação básica e não apenas para os professores, incorporação de toda a Parcela Remuneratória Complementar (PRC), abono ao vencimento básico, sem a criação da VTI e aumetno dos vencimentos básicos que estejam abaixo do salário mínimo.

O deputado Rogério Correia (PT) acredita que a primeira reunião com os servidores serviu para demonstrar a insatisfação do funcionalismo frente às tabelas apresentadas. "O grande número de participantes ajudou a mostrar ao governo, através do secretário Antônio Augusto Anastasia, que as propostas não serão aceitas", afirmou.

 

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