Audiência pública debate restrições a medicamentos manipulados

Uma nova reunião conjunta das comissões de Saúde e de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativ...

26/08/2005 - 00:02
 

Audiência pública debate restrições a medicamentos manipulados

Uma nova reunião conjunta das comissões de Saúde e de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa vai ser realizada nesta terça-feira (30/8/05), para discutir as restrições às farmácias de manipulação, previstas em consulta pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No início de junho, o mesmo assunto foi discutido nas duas comissões, a pedido dos deputados Elmiro Nascimento (PFL), Paulo Piau (PP) e outros. O requerimento da próxima audiência pública foi apresentado pelo deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), presidente da Comissão de Saúde. A audiência acontece às 10 horas, no Auditório.

Ao propor a nova audiência, o deputado Adelmo Carneiro Leão destacou a necessidade de ouvir as razões do governo, já que a Anvisa não mandou representante. Para os debates da terça (30), já estão confirmadas as presenças do gerente geral de Inspeção e Controle de Insumos, Medicamentos e Produtos da Anvisa, Antônio Carlos da Costa Bezerra; e dos representantes dos farmacêuticos magistrais e das farmácias de manipulação. Na primeira reunião, os participantes criticaram a Consulta Pública 31 da Anvisa, de 15 de abril, por considerá-la inconstitucional e sem razões técnicas. A consulta tinha prazo previsto de 60 dias para vigorar, mas diante das inúmeras manifestações nos estados, a Anvisa agora deixou o prazo em aberto.

Naquela oportunidade, a presidente da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), Ângela do Amaral Caldas, criticou principalmente os seguintes itens da consulta: o que prevê que a farmácia não poderá mais manipular qualquer medicamento que tenha similar no mercado, a não ser que seja numa dosagem diferente da que a indústria farmacêutica oferece; o que só permite a chamada "manipulação magistral de associações medicamentosas" com a devida justificativa do médico que fizer a receita e desde que a combinação não seja proibida por lei; e dois outros itens que vedam a propaganda e a distribuição de amostras grátis de formulações manipuladas. Para ela, a Anvisa extrapolou suas prerrogativas legais, uma vez que não é da competência da agência fiscalizar farmácias, o que caberia aos conselhos Regionais e Federal de Farmácia. Em Minas Gerais, segundo dados da Anfarmag, existem 1.300 farmácias de manipulação.

Convidados - Estão confirmados para o próximo debate, além do representante da Anvisa; a farmacêutica Vânia Regina de Sá, representando a Associação dos Farmacêuticos Magistrais; o presidente do Conselho Regional de Farmácia, Lauro Mello Vieira; o diretor do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais, Rilke Novato Públio; a presidente da Associação dos Farmacêuticos Homeopatas de Minas Gerais, Renata Leite Maciel; e a diretora da Faculdade de Farmácia da UFMG, Jane Maciel de Almeida Baptista.

 

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