Assembléia promoverá ciclo de debates sobre referendo de outubro

A Assembléia de Minas é mais uma instituição a contribuir para o esclarecimento da população sobre o referendo popula...

24/08/2005 - 00:00
 

Assembléia promoverá ciclo de debates sobre referendo de outubro

A Assembléia de Minas é mais uma instituição a contribuir para o esclarecimento da população sobre o referendo popular de 23 de outubro. Nesse referendo, os eleitores vão responder a seguinte pergunta: "o comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?". A pergunta que motiva o referendo dará nome também ao ciclo de debates que o Legislativo mineiro promoverá no dia 3 de outubro, a requerimento dos deputados Edson Rezende (PT) e Sargento Rodrigues (PDT). Nesta quarta-feira (24/8/05), aconteceu a primeira reunião preparatória do evento, com a participação de representantes de gabinetes parlamentares, da Câmara de Dirigentes Lojistas da Capital, da Associação dos Oficiais da PM e dos Bombeiros e do Tribunal de Justiça.

O objetivo, destacam os deputados, é prestar esclarecimentos à população mineira sobre o referendo, dando subsídios às pessoas para tomarem sua decisão. O deputado Edson Rezende coordena a Frente Parlamentar Mineira por um Brasil sem Armas e o deputado Sargento Rodrigues, a Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa. Na primeira reunião preparatória, ficou definido que o ciclo trará convidados que falarão sobre a Lei nº 10.826, de 2003, conhecida como "Estatuto do Desarmamento", que trata do registro, posse e comercialização de armas de fogo; e sobre os mecanismos do referendo. Em seguida, dois convidados falarão contra e dois a favor desse comércio. Os coordenadores das frentes também farão suas exposições, seguidas de debate.

Em outra reunião preparatória, marcada para a próxima terça-feira (30), às 14 horas, na Diretoria-Geral, deverão ser definidos os nomes dos convidados. Para promover o ciclo de debates, a Assembléia precisa obedecer à Resolução 22.033, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que traz normas sobre a propaganda no referendo. Em seu artigo 19, a resolução determina que debates sobre o referendo, a serem transmitidos por emissora de rádio ou televisão, serão realizados segundo acordo entre as frentes parlamentares e a emissora. A Assembléia deverá firmar parceria com a Rede Minas para a transmissão conjunta do ciclo de debates por aquela emissora e pela TV Assembléia (canal 11 do sistema a cabo, em Belo Horizonte).

Saiba mais sobre o referendo

O referendo do dia 23 de outubro será a maior consulta popular informatizada do mundo: mais de 122 milhões de eleitores de 5.564 municípios irão às urnas para decidir se a comercialização de armas de fogo e de munição no Brasil deve ou não ser proibida. No ano passado, 119.821.569 eleitores participaram das eleições municipais de 3 de outubro.

É o referendo que decidirá se entrará em vigor o artigo 35 da Lei nº 10.826, de 2003. Esse dispositivo proíbe a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no artigo 6º (rol dos agentes que podem portar arma de fogo). Ao contrário do plebiscito, quando a consulta ao cidadão ocorre antes de uma lei ser instituída, no referendo a consulta se dá depois da lei pronta. O voto no referendo é obrigatório e aqueles que não puderem votar deverão justificar sua ausência para a Justiça Eleitoral.

 

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