Televisão digital será tema de reunião com convidados
Parlamentares da Comissão de Transportes,
Comunicação e Obras Públicas vão discutir esta semana, com
convidados, o desenvolvimento do sistema brasileiro de televisão
digital. A importância estratégica do sistema, a inclusão digital
que ele propicia e o lobby para se adotar no País o modelo
estrangeiro são aspectos que o deputado Roberto Carvalho (PT)
pretende abordar com representantes do governo, dos trabalhadores em
telecomunicações e de instituições de pesquisa. É dele o
requerimento para a realização do debate, marcado para esta
terça-feira (2/8/05), às 14h30, no Teatro.
São convidados os secretários de Estado de
Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer, e de Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior, Bilac Pinto; os presidentes da Fundação de Amparo à
Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), José Geraldo de Freitas Drumond;
do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações, José de
Oliveira; o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Fundação para
Inovações Tecnológicas (Fitec), Lauro Sigaud Ferreira; e o diretor
do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Wander Wilson
Chaves.
No requerimento que pede o debate, o deputado
informa que em Minas a pesquisa é financiada pela Fapemig,
destacando-se duas instituições pesquisadoras: a Fitec e o Inatel,
que realizou a primeira transmissão de TV digital aberta do Brasil
em parceria com a Linear, empresa do setor. É o Inatel o
responsável, junto ao governo federal, pela formulação do sistema
brasileiro de transmissão, tendo também desenvolvido aparelho que
permite a adaptação dos televisores analógicos à tecnologia digital,
independentemente do sistema a ser adotado. De acordo com Roberto
Carvalho, o Inatel comprometeu-se a transmitir a nova tecnologia
para as empresas do arranjo produtivo local de Santa Rita do
Sapucaí, onde fica a sede do Instituto.
Para o deputado Roberto Carvalho, a televisão
digital permitirá a inclusão digital, na medida em que, com a
adaptação da nova tecnologia aos aparelhos de TV convencionais, será
possível amplo acesso a funções interativas típicas da internet, mas
a um custo inferior ao de um microcomputador. Novos canais de
televisão aberta poderão ser criados também, ampliando-se a
concorrência em um mercado oligopolizado, bem como poderá ser
estimulada a indústria de ponta nacional. A adoção de um modelo
estrangeiro, acrescenta o parlamentar, comprometeria todas essas
possibilidades.
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