Patrocinador de eventos artísticos deverá contratar seguro de vida

A obrigação do patrocinador de eventos artísticos, esportivos ou culturais de contratar seguro de vida para os espect...

29/06/2005 - 00:00
 

Patrocinador de eventos artísticos deverá contratar seguro de vida

A obrigação do patrocinador de eventos artísticos, esportivos ou culturais de contratar seguro de vida para os espectadores foi tema de um dos quatro projetos apreciados em 1o turno, nesta quarta-feira (29/6/05), pela Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembléia Legislativa. Os deputados opinaram pela aprovação do Projeto de Lei (PL) 1.946/04, que trata do assunto, de autoria do deputado Márcio Kangussu (PPS), na forma do substitutivo nº 1, apresentado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Em seu parecer, a deputada Lúcia Pacífico (sem partido) salientou que "a proposta vem ao encontro do clamor de vítimas e parentes de vítimas de inúmeros acidentes ocorridos durante eventos. Muitos deles, embora de grande porte, são realizados sem o mínimo de segurança". Ela lembrou ainda que, quando relatados os acidentes, verifica-se a não-existência de alvará nem de contratação de seguro de vida para os espectadores. Com o substitutivo da CCJ, essa obrigatoriedade fica a cargo dos órgãos e entidades públicas do Estado que promovam eventos de qualquer natureza com cobrança de ingressos, excluindo os agentes privados. A justificativa é que o Legislativo estadual não tem competência para formular normas que obriguem agentes privados a constituir apólices de seguros em benefícios dos espectadores de eventos.

Produtos alimentícios - Também foi aprovado parecer de 1o turno sobre o PL 2.103/05, do deputado Gil Pereira (PP), que pretende obrigar os estabelecimentos que comercializam gêneros alimentícios em Minas Gerais a adotar providências para que o consumidor possa identificar, nas gôndolas dos estabelecimentos, os produtos considerados similares. Deverá haver ainda um cartaz informando que se trata de produtos similares. A relatora, deputada Lúcia Pacífico, opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 1, apresentado pela CCJ que, segundo ela, adapta a proposta inclusive em relação aos aspectos de técnica legislativa.

Proposição proíbe cobrança obrigatória de consumação mínima

A comissão também aprovou parecer de 1o turno favorável ao PL 2.202/05, que pretende instituir a vedação da cobrança de consumação mínima por parte dos estabelecimentos comerciais do Estado. Segundo o autor do projeto, deputado Leonardo Moreira (PL), trata-se de medida que tem o propósito de corrigir uma grave distorção existente no mercado de consumo, "uma vez que a cobrança da consumação praticamente obriga o jovem que freqüenta casas noturnas a beber e comer em limites e quantidades muitas vezes incompatíveis com sua própria vontade".

Em seu parecer, o deputado Edson Rezende (PT) destaca que essa prática viola um princípio básico das relações de consumo, que consiste na proteção dos interesses do consumidor, já que obriga o cliente a despender um volume maior de recursos do que o necessário. "Entendemos ser pertinente a aprovação do projeto, que vai ao encontro dos interesses de toda a classe consumidora do Estado de Minas Gerais", justificou o relator, que opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 1 da CCJ.

A quarta proposição apreciada pela comissão obriga as instituições bancárias a instalar bebedouros e sanitários nos locais de atendimento ao público. Trata-se do PL 2.221/05, do deputado Zé Maia (PSDB), que recebeu parecer pela aprovação na forma do substitutivo nº 1 da CCJ e com a emenda nº 1, apresentada pela relatora, deputada Lúcia Pacífico. A emenda acrescenta a oferta de assentos individuais para os clientes.

Requerimentos aprovados solicitam audiências públicas

A comissão aprovou ainda oito requerimentos, sendo que cinco solicitam realização de audiências públicas. São eles:

* Do deputado Antônio Júlio (PMDB), para debater as conseqüências da decisão do governo de instituir regime de substituição tributária do setor de materiais de construção;

* Da deputada Lúcia Pacífico (sem partido), dois requerimentos: para discutir os critérios de cobrança nos shoppings centers de Belo Horizonte; e para debater os aumentos propostos para os planos de seguro de saúde;

* Dos deputados André Quintão, Jésus Lima, Maria Tereza Lara e Elisa Costa, todos do PT, para discutir, em conjunto com a Comissão de Participação Popular, o cronograma de implantação do Programa Luz para Todos;

* Do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), para avaliar, em conjunto com a Comissão de Saúde, as sugestões apresentadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação à Consulta Pública 31, de 2005, que propõe o Regulamento Técnico sobre Práticas de Manipulação de Medicamentos para Uso Humano em Farmácias.

Também foram aprovados outros dois requerimentos da deputada Lúcia Pacífico: um solicitando envio de ofício ao Denatran para que opine sobre a legalidade do transporte do gás de cozinha (GLP) em motos e sidecars; e outro solicitando envio à Agência Nacional de Petróleo (ANP) para seja restabelecido o convênio com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que dispõe sobre fiscalização de comércio varejista de transporte e revenda de gás de cozinha.

O oitavo requerimento aprovado, de autoria da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, envia apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, para incluir em ordem do dia o PL 5.476/01, do deputado federal Marcelo Teixeira, que modifica estrutura tarifária das telefonia fixa na Lei das Telecomunicações. Solicita ainda que a bancada mineira na Câmara dos Deputado seja oficiada para votar favoravelmente ao projeto.

Presenças - Deputados Chico Rafael (PMDB), presidente; deputadas Lúcia Pacífico (sem partido), vice; e Vanessa Lucas (PSDB) e deputados Edson Rezende (PT) e Antônio Júlio (PMDB).

 

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