Comissão discutirá política de habitação e atribuições de conselho

Inserir na agenda da Assembléia as questões relacionadas à política estadual de habitação é o objetivo da audiência q...

27/06/2005 - 00:00
 

Comissão discutirá política de habitação e atribuições de conselho

Inserir na agenda da Assembléia as questões relacionadas à política estadual de habitação é o objetivo da audiência que a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social promove nesta terça-feira (28/6/05), às 14h30, no Auditório. Solicitada em requerimento das deputadas Elisa Costa (PT) e Jô Moraes (PCdoB), a reunião discutirá as diretrizes dessa política e sua relação com as ações em nível federal. As parlamentares também reivindicam a estruturação do Conselho Estadual de Desenvolvimento Regional e Política Urbana e mudanças na legislação atual, a fim de dar um caráter deliberativo a esse conselho e ampliar a participação da sociedade civil em suas decisões, assim como ocorre no Conselho Nacional das Cidades.

Convidados - Foram convidados a participar da audiência o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Manoel Costa; o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea/MG), Marco Túlio de Melo; Marcos Landa, do Movimento Nacional de Luta pelas Moradias; os representantes da Federação das Associações de Moradores de Minas Gerais, Ênio Nonato de Oliveira; da União Nacional por Moradias, Saulo Manoel da Silveira; e da Central de Movimentos Populares, Antônio Cosme Damião.

Na avaliação da deputada Elisa Costa, a criação do Ministério das Cidades foi um passo importante para chamar a atenção do País para o déficit habitacional das populações de baixa renda. Mas tanto ela quanto Jô Moraes lembram que a questão urbana não é reconhecida na agenda política nacional e que, para enfrentar essa crise, é necessária a integração dos esforços dos três níveis de governo, com a participação da sociedade.

O que é o conselho - O Conselho Estadual de Habitação, criado pela Lei 10.624, de 1992, foi substituído pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, previsto na Lei Delegada 106, de 2003. Consultivo, ele será estruturado em câmaras setoriais, a fim de assessorar a Secretaria na formulação de suas políticas. Esse conselho foi regulamento pelo Decreto 44.022, de maio de 2005. Entre suas competências, estão avaliar as ações da Secretaria; e recomendar que esta desenvolva, com municípios e instituições públicas, privadas ou ongs, programas e ações que reduzam a carência habitacional; promovam a regularização fundiária de aglomerados urbanos ou rurais; universalizem o saneamento; e estabeleçam critérios para a distribuição adequada da verba do Fundo Estadual de Habitação, a fim de erguer moradias de baixo custo.

Os 15 integrantes do conselho são os seguintes: cinco representam o poder público estadual - os secretários de Desenvolvimento Regional e Política Urbana e extraordinário para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas e as Secretarias de Desenvolvimento Econômico, de Planejamento e Gestão e de Transportes e Obras Públicas. Como representantes do poder público municipal, o conselho tem também cinco pessoas: o prefeito da Capital, um prefeito da Associação Mineira de Municípios (AMM); um prefeito da Federação das Associações Microrregionais; um da Assembléia Metropolitana de Belo Horizonte (Ambel); e um prefeito da Assembléia Metropolitana do Vale do Aço. A sociedade civil traz cinco representantes de instituições com atuação nas áreas de habitação, saneamento básico e desenvolvimento urbano: de ongs; de entidades de classe; de instituições acadêmicas e de pesquisa; de movimentos sociais e populares; e de instituições ligadas à produção do espaço e do desenvolvimento urbano.

 

 

 

 

 

 

 

 

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