Projeto que altera Fundo da Habitação está pronto para o Plenário

O Projeto de Lei (PL) 2.176/05, do governador, que altera a destinação de recursos do Fundo Estadual de Habitação (FE...

22/06/2005 - 00:01
 

Projeto que altera Fundo da Habitação está pronto para o Plenário

O Projeto de Lei (PL) 2.176/05, do governador, que altera a destinação de recursos do Fundo Estadual de Habitação (FEH), está pronto para votação em Plenário em 1o turno. Ele recebeu parecer favorável da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa na tarde desta quarta-feira (22/6/05). Pela manhã, a Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização havia dado parecer favorável ao projeto com oito emendas. O relator da FFO, deputado Ermano Batista (PSDB), opinou pela aprovação do texto com essas emendas e também com a emenda no 1, apresentada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Um dos objetivos do projeto, de acordo com a mensagem encaminhada pelo governador à Assembléia, é vedar a aplicação de recursos do FEH sob a forma de financiamentos reembolsáveis. O projeto também transfere a responsabilidade pela formulação de diretrizes para aplicação de recursos do fundo para o seu grupo coordenador. Atualmente, essa atribuição é do Conselho Estadual de Habitação. Outra alteração proposta pelo texto original é a exclusão dos municípios como beneficiários do FEH, mudança que será anulada caso a emenda no 2 seja aprovada.

O relator Ermano Batista argumenta que a proposta não trará impacto financeiro para o Estado. Ele lembra que no ano passado o fundo teve orçamento de R$ 2 milhões e despesa de R$ 1,47 milhão. Deste total, apenas R$ 4.125 foram aplicados efetivamente em habitação. Para 2005, estão previstos R$ 2,1 milhões para o fundo, com a finalidade principal de financiar a produção, reforma e comercialização de moradias e a urbanização de lotes para famílias de baixa renda. A meta para este ano é a construção de 270 unidades habitacionais, conforme consta no Orçamento 2005.

Projeto cria 57 cargos no Tribunal de Justiça

A comissão também aprovou parecer favorável de 1o turno ao PL 2.254/05. De autoria do Tribunal de Justiça, o projeto autoriza a criação de cargos de assessor judiciário III na estrutura do órgão. O texto também autoriza a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 2,7 milhões para atender à nova lei. O presidente do órgão argumenta que a criação de cargos é necessária para atender os 57 desembargadores oriundos do extinto Tribunal de Alçada. Eles contam com dois assessores diretos, enquanto os outros 60 desembargadores do TJ têm três assessores cada. O relator, deputado Domings Sávio (PSDB), opina pela aprovação com a emenda no 1, da CCJ, que retira do texto a abertura de crédito suplementar. O projeto também está pronto para votação em Plenário.

Outro projeto analisado foi o PL 2.082/05. De autoria do governador, a proposição tem o objetivo de aumentar o limite máximo para o pagamento pelo Estado de débitos ratificados por sentença judicial sem parcelamento e sem precatórios. Atualmente esse limite é de R$ 9,6 mil, e o governo pretende elevá-lo para R$ 10 mil. O projeto recebeu em Plenário um substitutivo do deputado André Quintão (PT) e três emendas dos deputados Célio Moreira (PL), Antônio Júlio (PMDB) e Elisa Costa (PT).

A emenda no 1, do deputado Célio Moreira, aumenta para R$ 12 mil o limite para o pagamento de débitos sem parcelamento. O relator, deputado Márcio Kangussu (PPS), apresentou uma subemenda alterando esse teto para R$ 11 mil. As demais propostas de alteração receberam parecer pela rejeição. A emenda no 2, da deputada Elisa Costa, tem o objetivo de explicitar que o limite para os créditos de pequeno valor tem caráter individual quando se tratar de ações coletivas, para não prejudicar os participantes dessas ações. O relator opinou pela rejeição da emenda porque essa prática já seria adotada pelo governo.

Já a terceira emenda, de autoria do deputado Antônio Júlio, acrescenta a possibilidade de quitação de débitos do Estado com precatórios, independentemente de sua inscrição na dívida ativa, alteração com a qual o relator não concorda. E o substitutivo apresentado pelo deputado André Quintão propõe a indexação do valor mínimo de referência para o pagamento de débitos de pequeno valor em 6.182 Ufemgs, de modo a garantir a correção automática desses créditos. O relator, no entanto, não concordou com essa indexação e opinou pela rejeição do substitutivo.

O projeto agora volta para o Plenário para ser votado em 1o turno.

Os demais projetos foram retirados da pauta da reunião.

Presenças - Deputados Domingos Sávio (PSDB), presidente; Jayro Lessa (PL), vice; Ermano Batista (PSDB), Antônio Júlio (PMDB), Gilberto Abramo (PMDB), Doutor Ronaldo (PDT) e Adalclever Lopes (PMDB).

 

 

 

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