FFO é favorável à tributação especial para a companhia aérea BRA

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (21/6/05), ...

21/06/2005 - 00:01
 

FFO é favorável à tributação especial para a companhia aérea BRA

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa aprovou, nesta terça-feira (21/6/05), parecer favorável ao regime especial de tributação 12/05 concedido pelo governo do Estado à empresa BRA Transportes Aéreos Ltda. Com o benefício fiscal concedido pela Secretaria de Estado da Fazenda, a carga tributária do ICMS devido nas operações de compra de querosene de aviação dentro de Minas Gerais pela empresa fica reduzida de 25% para 3%. Outras três empresas já recebem o benefício desde o dia 13 de março. Para formalizar essa ratificação, o Plenário precisa aprovar o projeto de resolução, em turno único, apresentado pela FFO com base na Mensagem 389/05, encaminhada pelo governador.

Na mensagem, o Executivo informa que a companhia aérea solicitou a redução de impostos porque já recebe o mesmo tratamento no Rio de Janeiro. O governo avalia que o desenvolvimento do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, só será possível com o abastecimento de aeronaves em território mineiro. A decisão está apoiada na Lei 15.292, de 2004, que permite ao governo do Estado reduzir a carga tributária por meio de regime especial de tributação quando benefícios fiscais concedidos por outra unidade da federação representarem prejuízo para a competitividade das empresas mineiras.

A renúncia fiscal, no entanto, deve vir acompanhada de estimativa de impacto financeiro sobre as contas estaduais, conforme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas a comissão avaliou que o regime em estudo se insere num contexto mais amplo, de um projeto estratégico do governo do Estado. "A redução da carga tributária sobre o querosene de aviação permitirá o aumento da oferta de vôos, o que viabilizará o processo de revitalização do Aeroporto de Confins e trará ganhos para todo o Estado", afirmou o relator, deputado Jayro Lessa (PL), em seu parecer.

Tanques de areia podem ser fiscalizados

A comissão aprovou também parecer de 1º turno sobre o PL 1.917/04, da deputada Ana Maria Resende (PSDB), que determina a obrigatoriedade da realização de assepsia nos tanques de areia utilizados pelos clubes, parques e estabelecimentos de ensino público e particulares do Estado. O objetivo é evitar a transmissão de doenças. A FFO opinou pela aprovação do parecer com as três emendas apresentadas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que aprimoram a proposição quanto ao aspecto jurídico-constitucional e quanto à técnica legislativa, sem alterar o conteúdo do projeto.

O projeto prevê que, se for detectada, por exame, a contaminação da areia de algum tanque, o estabelecimento será notificado pelo órgão competente e deverá isolar o recipiente, providenciando a troca da areia em até 10 dias. Após esse prazo, novo exame deverá ser feito para comprovar que o tanque está em condições de uso. Pelo projeto, também fica determinada a aplicação de multa no caso de descumprimento do disposto no projeto, que será aplicada em dobro se houver reincidência.

"Com relação ao aspecto financeiro-orçamentário, temos a informar que as medidas propostas desoneram o Estado, visto que se trata de providências de caráter profilático, que visam controlar a disseminação de zoonoses. Dessa forma, diminuindo-se a contaminação, diminuem-se também os gastos do Estado no setor da saúde", afirmou o relator, deputado José Henrique (PMDB), em seu parecer.

Projeto quer reduzir risco de doenças hospitalares

A FFO também emitiu parecer pela aprovação do PL 2.151/05, em 1º turno, na forma do substitutivo nº 1 da CCJ. O projeto, do deputado Leonardo Moreira (PL), prevê a instalação de pontos de solução anti-séptica nos hospitais públicos e a instalação de placas de orientação sobre a importância de lavar as mãos antes do contato físico com um paciente. O autor do projeto alega a proposição tem por finalidade adotar medidas para reduzir o risco de doenças hospitalares. A higienização das mãos é um dos principais procedimentos para combater a infecção hospitalar, podendo reduzi-la na ordem de ¼. Apenas 3% dos hospitais brasileiros aplicam índice superior a 70% das ações preventivas.

O relator do projeto, deputado Sebastião Helvécio (PDT), afirmou em seu parecer que a futura lei acarretará despesas diretas para os cofres públicos, com a instalação dos pontos com solução anti-séptica. Mas ponderou: "Entendemos que esse valor será infinitamente inferior ao tratamento de pacientes que vierem a adquirir infecção hospital por falta dessa medida", concluiu.

Também foi aprovado parecer de 1º turno sobre o PL 2.187/05, com a emenda nº 1 da CCJ. O projeto autoriza o Executivo a doar imóvel ao município de Cruzeiro da Fortaleza.

Avulsos - Durante a reunião foram distribuídos avulsos (cópias) dos pareceres sobre emendas de Plenário os PL 2.082/05 e sobre o PL 2.254/05, pelos relatores das matérias, respectivamente, os deputados Márcio Kangussu (PPS) e Domingos Sávio (PSDB). A distribuição das cópias para serem analisadas pelos deputados evita o pedido de vista sobre o parecer, no momento da votação, em 1º turno.

O PL 2.082/05, do governador do Estado, tem o objetivo de promover a atualização monetária de R$9.600 para R$10 mil do limite máximo a ser observado para o pagamento, pelo Estado, de débitos oriundos de sentença judicial transitada em julgado, sem necessidade da apresentação de precatórios e sem sujeição a parcelamento. O parecer opina pela rejeição das emendas nºs 2 e 3 e do substitutivo nº 1 e pela aprovação da emenda nº 1 e pela aprovação da emenda nº 1 na forma da subemenda nº 1 apresentada. O PL 2.254/05, de autoria do Tribunal de Justiça, cria cargos na estrutura orgânica da Secretaria do TJMG. O parecer é pela aprovação do projeto com a emenda nº 1 da CCJ.

Vista - A deputada Elisa Costa (PT) pediu vista do parecer de 1º turno pela rejeição sobre o PL 2.301/05, do deputado Weliton Prado (PT). O projeto altera a Lei 6.736, de 1975, reduzindo a alíquota do ICMS sobre energia elétrica para consumo residencial de 30% para 25%. O relator do projeto é o deputado Domingos Sávio.

Requerimento - A comissão aprovou ainda requerimento do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) solicitando a realização de audiência pública para debater os termos da Reforma Tributária em tramitação no Congresso Nacional. O requerimento recebeu emendas que foram também aprovadas. O deputado Ermano Batista sugeriu que a reunião fosse conjunta com a Comissão de Constituição e Justiça. A deputada Elisa Costa pediu que o debate abordasse também as iniciativas do governo estadual quanto à tributação.

Presenças - Deputados Domingos Sávio (PSDB), presidente; Jayro Lessa (PL), vice; Ermano Batista (PSDB); José Henrique (PMDB); Márcio Kangussu (PPS); Sebastião Helvécio (PDT); e as deputadas Jô Moraes (PCdoB) e Elisa Costa (PT).

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715