Diretor da Emater nega fechamento de escritórios

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater/MG) está readequando sua estrutur...

21/06/2005 - 00:01
 

Diretor da Emater nega fechamento de escritórios

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater/MG) está readequando sua estrutura a fim de melhorar o atendimento em todo o Estado, mas não há nenhuma determinação de fechamento de escritórios nos municípios. Pelo contrário, o governador já autorizou a abertura de mais 80 escritórios até o final do ano, o que ampliará a cobertura da empresa a mais de 800 municípios mineiros. A garantia é do diretor da empresa, Roberval Juarez de Andrade, que participou, na manhã desta terça-feira (21/6/05), de audiência pública da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembléia Legislativa. A reunião foi convocada para debater o fechamento de escritórios da Emater em diversos municípios e a situação dos funcionários da empresa, que reivindicam isonomia salarial com os funcionários da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Epamig).

De acordo com Roberval Andrade, a reestruturação da Emater visa diminuir custos e otimizar a prestação de serviços aos produtores agrícolas, e os poucos casos de fechamento de escritórios, em municípios de baixa atividade agrícola, serão compensados com a abertura de outros em localidades onde o atendimento era precário, feito apenas em regime de plantão. "Mas estamos abertos a discussões com os prefeitos", emendou. O dirigente assegurou, ainda, que estão sendo chamados cerca de 400 concursados para ampliar o atendimento prestado pela Emater.

Salário gera impasse

Com relação à questão salarial dos funcionários, Roberval Andrade disse que há uma negociação em andamento e que já foi autorizado o pagamento, retroativo ao mês de janeiro, de 6,6% de reajuste referente ao dissídio de 2005; restando, ainda, um impasse com relação a um reajuste de 5,6% relativo ao dissídio coletivo de 2004.

José Eustáquio Rocha, chefe do Departamento de Recursos Humanos da Epamig, afirmou que a empresa também vai chamar 153 aprovados no último concurso, para preenchimento de vagas de nível médio de escolaridade, para substituírem trabalhadores temporários, e esclareceu que o reajuste salarial no ano passado se deu em função de decisão da Justiça do Trabalho.

Também presente à reunião, Antônio Carlos Dias de Araújo, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Rural (Sinter/MG), esclareceu que durante as negociações salariais no ano de 2003 a diretoria da Emater comprometeu-se a se empenhar, junto ao governo do Estado, para viabilizar um reajuste de 19% para os trabalhadores, mas isso não teria acontecido. "Estamos frustrados, não conseguimos nada", relatou, cobrando a concretização do compromisso assumido na mesa de negociações. O sindicalista reiterou que os funcionários da Epamig tiveram um reajuste, via judicial, em 2003, e insistiu num tratamento isonômico para os trabalhadores da Emater. Ele disse, ainda, que o piso salarial na empresa é de R$ 192, inferior ao salário mínimo. Roberval Andrade afirmou que a empresa não tem previsão orçamentária nem autonomia para dar o aumento reivindicado.

Requerimentos aprovados - Ao final da reunião, foram aprovados requerimentos dos deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Gil Pereira (PP), Marlos Fernandes (PPS), Padre João (PT), Luiz Humberto Carneiro (PSDB) e Doutor Viana (PFL), solicitando ao governador, aos secretários de Planejamento e Gestão e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e à direção da Emater que se esforcem para resolver o problema salarial, dando tratamento isonômico aos funcionários da Emater e Epamig, evitando prejuízos à atividade de extensão rural prestada aos municípios; requerimento do deputado Marlos Fernandes pedindo a permanência do escritório regional da Emater no município de Araguari; e do deputado Dalmo Ribeiro Silva, propondo reunião da comissão, com convidados, para debater a cadeia de negócios da caprinocultura.

Presenças - Deputados Gil Pereira (PP), presidente da comissão; Marlos Fernandes (PPS), Doutor Viana (PFL), Luiz Humberto Carneiro (PSDB), Padre João (PT) e Dalmo Ribeiro Silva (PSDB).

 

 

 

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