Comissão discutirá situação de inadimplência de hospitais-escolas

Revelar as dificuldades vividas pelos hospitais universitários da rede pública de Minas e apurar o porquê da inadimpl...

17/06/2005 - 00:00
 

Comissão discutirá situação de inadimplência de hospitais-escolas

Revelar as dificuldades vividas pelos hospitais universitários da rede pública de Minas e apurar o porquê da inadimplência dessas unidades estão entre os objetivos de reunião da Comissão de Saúde desta quarta-feira (22/6/05). Solicitada pelo deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), a reunião será no Plenarinho I, às 10 horas. O deputado quer saber sobre financiamento, recursos humanos e atendimento prestado ao Sistema Único de Saúde (SUS) por essas instituições. "O problema é antigo e grave. Falta material de uso corrente, como medicamentos e luvas, e faltam também recursos humanos. Os custos operacionais desses hospitais estão além da tabela paga pelo SUS, que está completamente defasada em relação aos atendimentos de média complexidade", revela o deputado.

A meta é sair da reunião com informações daqueles procedimentos cujo custo é superior ao da tabela paga pelo SUS e empreender, a partir daí, ações para aprimorar a tabela. Para o debate, foram convidados representantes dos Ministérios da Saúde e da Educação; além do secretário de Saúde de Belo Horizonte, Helvécio Miranda Magalhães Júnior; reitora da UFMG, Ana Lúcia Gazzola; promotora de Defesa da Saúde, Josely Ramos Pontes; diretor e presidente do Conselho de Saúde do Hospital das Clínicas, Ricardo Castenheira Pimenta Figueiredo e Marta Auxiliadora Ferreira; diretores do Hospital de Clínicas de Uberlândia, Alair de Almeida; do Hospital Universitário de Juiz de Fora, Jorge Baldi; e da Faculdade de Medicina do Triângulo, Edson Luiz Fernandes.

A ALMG já discutiu o problema vivido pelos hospitais universitários em, pelo menos, outras duas ocasiões. Em agosto de 2003, diretores dessas instituições falaram à comissão sobre o sucateamento dos hospitais, motivado principalmente por dívidas com contratos trabalhistas e com fornecedores de equipamentos e materiais médicos. Eles apontaram como razões das dificuldades a falta de financiamento, a distribuição desigual de recursos entre os hospitais e, principalmente, a escassez de recursos humanos. O reitor da Universidade Federal de Uberlândia, Arquimedes Diógenes Ciloni, afirmou, à época, que, apesar de o governo federal reconhecer em R$ 230 milhões a dívida dos hospitais universitários, os hospitais consideravam que esse valor ultrapassava R$ 303 milhões.

Em abril de 2004, o endividamento dos hospitais também foi abordado em reunião da comissão. Nesta data, o Hospital da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro informou que tinha uma dívida de mais de R$ 15 milhões, atribuída à defasagem da tabela do SUS para os serviços prestados. Ele era o único hospital a realizar atendimentos de média e alta complexidade na região que abrange Uberaba e outros 26 municípios.

 

 

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