Presidente da Assembléia recebe prefeita de Contagem
A prefeita de Contagem, Marília Campos, foi
recebida em audiência no Salão Nobre pelo presidente da Assembléia
Legislativa, deputado Mauri Torres (PSDB), para expor as
dificuldades que está encontrando para oferecer importantes serviços
sociais à população. A prefeita exibiu ofício da Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Social e Esportes (Sedese), em que o
secretário Marcos Montes informa o término da vigência do contrato e
sua intenção de reassumir a administração dos Centros Sociais
Urbanos (CSUs) do Eldorado e do Bairro Amazonas, que são patrimônio
do Estado e estão cedidos à Prefeitura há mais de 15 anos.
Marília Campos pediu a interferência do presidente
Mauri Torres junto ao secretário Marcos Montes e ao governador Aécio
Neves para que a Prefeitura possa continuar prestando atendimento
médico, serviços de qualificação profissional, atividades de esporte
e lazer e programa para idosos a mais de 8 mil pessoas que
freqüentam esses CSUs. A solicitação da prefeita, endossada por
vereadores do PSB, do PP e do PCdoB que vieram em sua companhia,
teve o apoio dos deputados petistas Rogério Correia, integrante da
Mesa da Assembléia; André Quintão, líder do bloco oposicionista, e
Ricardo Duarte, todos eles do PT.
Quintão observou que a assistência social é serviço
público municipalizado, e que a Sedese não presta esse tipo de
serviço em nenhum dos CSUs. Argumentou também que a Prefeitura de
Contagem tem 14 imóveis cedidos ao Estado, para funcionamento
principalmente de companhias da PM, delegacias de Polícia e
dependências do Judiciário. Embora o secretário Marcos Montes
concorde com o funcionamento dos serviços de saúde municipais no
CSU, os deputados petistas avaliam que seria inviável a convivência
política entre os atuais administradores municipais e o grupo ligado
ao ex-prefeito do PSDB Ademir Lucas no mesmo espaço.
A proposta de encaminhamento do presidente da
Assembléia, aceita pelos participantes da reunião, é a de negociar
um prazo de 90 dias para buscar uma solução que evite a interrupção
dos serviços prestados à comunidade. A prefeita Marília Campos não
descarta a possibilidade de buscar novos endereços e abandonar
definitivamente a excelente estrutura dos CSUs. Ela pediu ao
deputado Mauri Torres que interfira também favoravelmente à
renovação do contrato do Ipsemg com a Prefeitura, que está pendente
da negociação de uma dívida no valor de R$ 8,5 milhões.
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