Comissão vai a Arceburgo apurar denúncia de perseguição
política
Dar apoio ao Legislativo local é um dos objetivos
da visita da Comissão de Direitos Humanos a Arceburgo, no Sul de
Minas, nesta sexta-feira (17/6/05). Os deputados vão obter
esclarecimentos sobre possíveis ameaças e perseguição política que
estariam sofrendo os vereadores José Giolo (PT) e Eliel Ferreira da
Costa (PMDB). Segundo Giolo, a perseguição seria do grupo ligado ao
prefeito, Antônio Roberto da Costa (PL), que tem provocado tumulto
nas reuniões da Câmara. Atualmente, as reuniões acontecem somente
com a presença da Polícia Militar e o vereador tem que ser escoltado
pelos policiais. A audiência, solicitada pelo deputado Rogério
Correia (PT), será às 9 horas, no Clube Social e Recreativo de
Arceburgo (Praça Dr. Herculano de Paula Borges, 556, Centro).
"Queremos que as ameaças parem e que não tenhamos
mais de recorrer ao Legislativo estadual para podermos trabalhar",
afirma Giolo, que se declara independente e não de oposição, já que
o vice-prefeito, Jamil Maffud Perucello, é também do PT. Giolo conta
que as ameaças começaram depois que ele distribuiu um boletim na
cidade com críticas ao prefeito - cujo primeiro ato na administração
municipal teria sido mandar asfaltar a rua onde mora. A eleição para
a presidência da Câmara também pode ter motivado a perseguição, já
que havia resistências ao nome indicado pelo prefeito - que teve que
fazer um acordo (depois rompido) com os descontentes. Giolo disse
ter sido agredido pelo grupo do prefeito, que tem tumultuado as
reuniões semanais da Câmara.
Segundo Giolo, o vereador Eliel Ferreira da Costa e
sua mulher teriam sido vítimas de agressões, cuja motivação também
seria política. A assessoria do gabinete do deputado Rogério Correia
informou que todas essas denúncias poderão ser esclarecidas e que,
na audiência, será cobrada da polícia agilidade na apuração do caso.
São convidados à reunião o prefeito, Antônio Roberto da Costa; o
presidente da Câmara, José Crisóstemo da Costa; a juíza da comarca,
Patrícia Maria de Oliveira Leite; o promotor Cláudio de Barros
Pinheiro; o delegado José Eustáquio Nicolau de Lima; e o comandante
do batalhão da PM, sargento Robson de Oliveira.
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