Deputados conhecem institutos de previdência de Goiás e Paraná

Os deputados da Comissão Especial do Ipsemg realizaram duas visitas nesta quarta-feira (8/6/05) para conhecer as ativ...

09/06/2005 - 00:00
 

Deputados conhecem institutos de previdência de Goiás e Paraná

Os deputados da Comissão Especial do Ipsemg realizaram duas visitas nesta quarta-feira (8/6/05) para conhecer as atividades dos institutos de previdência dos servidores dos Estados do Paraná e de Goiás. O objetivo das viagens, segundo o presidente da comissão, deputado Miguel Martini (sem partido), era buscar a formulação de uma proposta alternativa de plano de saúde, tendo em vista a perspectiva do fim da obrigatoriedade da contribuição à saúde. O caráter obrigatório da contribuição está sendo questionado por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que tramita no Supremo Tribunal Federal.

O Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) foi visitado pelos deputados Edson Rezende (PT) e Ivair Nogueira (PMDB), que foram acompanhados pelo diretor de Assistência do instituto, Bento Xavier de Almeida. A autarquia estadual foi criada em 1962 e transformada em plano de saúde em 1999. Em Goiás, a contribuição para a assistência à saúde é facultativa desde 2002. Segundo o diretor do Ipasgo, a partir dessa época, o plano foi ampliado para servidores públicos federais, abrindo-se também a possibilidade de inclusão de outros dependentes mediante pagamento, como pais, filhos com mais de 18 anos, e outros parentes. De acordo com dados colhidos pelos deputados, o Ipasgo perdeu poucos servidores com o fim da compulsoriedade, mas recebe 5 mil pedidos de inclusão no plano de saúde, em média, por mês.

Em Goiás, os servidores contribuem com 11% de seu vencimento básico para a previdência e a contribuição para a saúde é de 6% para o plano básico (internação em enfermaria) e de 11% para o especial (internação em quarto individual). Além dessa contribuição, os servidores pagam 30% do valor da tabela do Ipasgo para realizarem consultas e exames. O valor de uma consulta hoje é de R$ 30. De acordo com Bento Xavier de Almeida, esse pagamento extra é o fator moderador do plano. "Cerca de 80% do faturamento do Ipasgo Saúde é gasto com assistência. O restante fica para os investimentos", explicou.

Qualidade do atendimento é avaliada diariamente

Os deputados ficaram entusiasmados com a qualidade do atendimento, que é monitorada diariamente e aponta para o índice de 90% de satisfação do usuário. O deputado Edson Rezende disse que, em apenas um setor visitado por ele são respondidas, por dia, 3 mil pesquisas de avaliação de itens como atendimento, limpeza, tempo de espera. Ele destacou ainda que todos os setores têm ouvidorias e que a revisão de cálculo autorial é feita anualmente. "Além disso, é feita uma auditoria interna por semestre e uma externa por ano; e a autarquia obteve o certificado de gestão com qualidade total ISO 9001", comentou.

Para o deputado, a grande diferença em relação ao Ipsemg seria a qualidade na gestão e a mudança no modelo de financiamento. "A nossa realidade é diferente, porque temos hospitais, equipamentos, o centro odontológico, por exemplo. Em Goiás, os servidores participam do conselho deliberativo do instituto, que é paritário", comparou.

O modelo de gestão do Ipasgo chamou a atenção também do deputado Ivair Nogueira, que salientou que o instituto goiano é muito bem estruturado e auto-suficiente. "O choque de gestão implantado pelo governador Aécio Neves na estrutura administrativa do Estado precisa chegar também ao Ipsemg para que as contas do instituto sejam saneadas", afirmou o deputado que acredita que o atual presidente do Ipsemg, Mauro Lobo, tem muita experiência e competência para mudar a situação.

Ivair Nogueira disse ainda que os deputados coletaram dados na visita que poderão colaborar com o relatório da comissão. "A visita a Goiás foi muito produtiva para os trabalhos da comissão", concluiu.

Paraná - O deputado Miguel Martini (sem partido) reuniu-se pela manhã com a diretora do Departamento de Assistência à Saúde da Secretaria de Administração e Previdência do Paraná, Eloá Cathilor. Segundo o deputado, a experiência adotada no Paraná, onde a contribuição à saúde não é obrigatória para os servidores, poderia ser aplicada, com adaptações, no Estado de Minas Gerais. Ele informou que o modelo adotado lá é de per capitação, ou seja, os hospitais são contratados para prestarem o serviço que é pago de acordo com o número total de usuários. O Estado controla a qualidade do atendimento.

 

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