Venda clandestina de gás de cozinha é tema de reunião na quarta (8)

Com o objetivo de debater a venda clandestina de gás de cozinha (gás liquefeito de petróleo - GLP) em Belo Horizonte ...

03/06/2005 - 00:03
 

Venda clandestina de gás de cozinha é tema de reunião na quarta (8)

Com o objetivo de debater a venda clandestina de gás de cozinha (gás liquefeito de petróleo - GLP) em Belo Horizonte e Região Metropolitana, a Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte realiza reunião na próxima quarta-feira (8/6/05), às 14h30, no Auditório da Assembléia Legislativa. A presidente da comissão, deputada Lúcia Pacífico (PTB), autora do requerimento, informa que o objetivo da audiência pública é apurar a responsabilidade pela falta de segurança no transporte e venda clandestinos do gás.

Outra informação do requerimento dá conta de que "nada menos que 5 mil pontos clandestinos de venda de gás desafiam os órgãos fiscalizadores e colocam em risco a população". Os chamados "postinhos", de acordo com o requerimento, são normalmente instalados em pontos de aglomeração urbana, sem nenhuma adequação às normas de segurança previstas em lei. Os botijões podem ser comprados em padarias, mercearias, depósitos, drogarias e entregues em domicílio. Afirma ainda o requerimento que, apesar da gravidade do problema, com a ameaça constante de explosões e incêndios, pouco se faz para combater a clandestinidade.

Ainda segundo o gabinete da parlamentar, a informalidade promove também a concorrência desleal dos clandestinos com os depósitos legais de GLP, levando ao sucateamento da categoria, que paga tributos e emprega, em média, seis pessoas em cada depósito (classe 2). A revenda formal oferece salários da ordem de R$ 430,00, mais vale-gás, vale-transporte, cesta básica, uniforme, entre outras vantagens. Os revendedores formais pagam também assinatura comercial junto à Telemar, enquanto os clandestinos usam telefones residenciais. Há inclusive, conforme informou o gabinete, denúncias de que a companhia telefônica estaria ligando linhas 0800 para o comércio clandestino.

Lei Municipal - Quando era vereadora de Belo Horizonte, a também presidente do Movimento das Donas de Casa e Consumidores de Minas Gerais (MDC-MG), Lúcia Pacífico, teve uma lei de sua autoria tratando do tema, aprovada pela Câmara Municipal. A Lei Municipal 8.068, de 2000, ainda não regulamentada, dispõe sobre o transporte de produto perigoso na Capital, incluindo aí o gás de cozinha. Em seu artigo 5º, a norma prevê que a carga, a descarga e o transporte de GLP e outros derivados de petróleo terão que respeitar uma série de medidas de segurança.

Foram convidados para a reunião: o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Osmar Duarte Marcelino; o promotor da Coordenação da Fiscalização do Procon Estadual, Amauri Artimos da Mata; o delegado Regional do Trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans; o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Borges Rodrigues Lima; o titular interino da Delegacia de Ordem Econômica, Rubens de Faria Rezende; o diretor-presidente da BHTrans, Ricardo Mendanha Ladeira; o presidente em exercício do Sirtgas-MG, Nelson Valentim Ziviane; e a diretora da SHV Gás Brasil, Ângela Flores Furtado Filogônio.

 

 

 

 

 

 

 

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