Defesa do Consumidor debate restrição a medicamentos manipulados

O regulamento técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que estabelece proibições para os estabele...

03/06/2005 - 00:03
 

Defesa do Consumidor debate restrição a medicamentos manipulados

O regulamento técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que estabelece proibições para os estabelecimentos que manipulam medicamentos, e a consulta pública sobre o assunto, lançada pela agência, são o tema de uma audiência conjunta que as Comissões de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e da Saúde da Assembléia Legislativa realizam na terça-feira (7/6/05). A reunião, solicitada pelos deputados Elmiro Nascimento (PFL) e Paulo Piau (PP), na Comissão de Defesa do Consumidor, e apoiada por outros parlamentares, atende a solicitação da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) e vai ser realizada às 9h30, no Auditório.

Em discussão vai estar a consulta pública nº 31, de 15 de abril de 2005, em que a Anvisa publica norma técnica sobre boas práticas de manipulação de medicamentos para uso humano. O prazo de consulta é de 60 dias e termina no próximo dia 18. Pelo regulamento, as farmácias de manipulação são classificadas em sete grupos de atividade, de acordo com a complexidade do processo de manipulação e com as substâncias usadas. Ele fixa ainda os requisitos exigidos para a avaliação farmacêutica da prescrição, manipulação, fracionamento, conservação, transporte e dispensação de preparações. Ficam fora dos critérios somente os estabelecimentos que preparam soluções para nutrição parenteral e enteral e medicamentos de uso veterinário.

Em documento encaminhado ao deputado Paulo Piau, a Anfarmag protesta contra o regulamento técnico, afirmando que ele vai contra a farmácia de manipulação, "limitando sua capacidade de atuação". A entidade defende uma discussão com todos os segmentos como os farmacêuticos, os médicos e os consumidores. A Anfarmag fez manifestações em 13 estados onde há representação regional no dia 19 de maio, sendo que o fórum mineiro foi realizado no auditório da Centro Universitário Newton Paiva, no bairro Nova Granada. Na ocasião, os farmacêuticos pediram a revogação total da consulta pública nº 31, e que a regulamentação seja feita "com uma discussão justa e coesa, pautada na questão técnica e científica", conforme documento divulgado na época.

A entidade é contra especialmente os itens que impõem proibições como a propaganda de medicamentos manipulados, associação de substâncias e manipulação de todas as especialidades farmacêuticas. O deputado Elmiro Nascimento ressalta que a norma técnica "desobedece, flagrantemente, o princípio de que não se deve tratar os desiguais de forma igual". Para o deputado Paulo Piau, o setor deve ser regulamentado, "mas sem proibir as atividades da farmácia".

A Anfarmag representa os interesses dos farmacêuticos magistrais e em Minas Gerais é presidida pela farmacêutica Ângela do Amaral Caldas. A entidade estima que haja 15 mil profissionais da área no País. Para o debate estão confirmadas as presenças da presidente mineira da entidade, Ângela do Amaral Caldas; uma representante da presidente da entidade nacional, Vânia Regina de Sá; um representante da Anvisa; o secretário de Estado Extraordinário para Assuntos de Reforma Agrária, deputado e médico Neider Moreira; o presidente do Conselho Regional de Farmácia, professor Lauro Mello Vieira; o diretor do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais, Rilke Novato Públio; a presidente da Associação dos Farmacêuticos Homeopatas, Renata Leite Maciel; a diretora da Faculdade de Farmácia da UFMG, professora Jane Maciel Almeida Batista; e Maria Alícia Ferrero, proprietária da Farmácia Alopática.

 

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