Segurança Pública aprova requerimentos para debater
violência
Diversos requerimentos solicitando audiências
públicas para debater o aumento da violência em regiões do Estado
foram aprovados na reunião desta terça-feira (24/5/05) da Comissão
de Segurança Pública da Assembléia Legislativa.
O deputado Irani Barbosa (PTB) requereu audiência
pública para debater o aumento da criminalidade no Estado,
especialmente na Grande BH. Já Doutor Viana (PFL) solicitou
audiência pública em Venda Nova para discutir a situação de
violência nessa região. Do deputado Miguel Martini (sem partido),
foi aprovado requerimento pedindo a realização de audiência pública
em Andradas para discutir questões de segurança pública nesse
município.
Já o deputado Márcio Kangussu (PPS) pede que seja
encaminhado ofício ao chefe da Polícia Civil de Joaíma e ao
representante do Ministério Público da Comarca de Jequitinhonha. O
parlamentar solicita que sejam tomadas providências urgentes para
agilizar o processo de investigação do homicídio de Edson Pereira de
Souza, em Joaíma, no dia 8 de fevereiro deste ano. Outro ofício foi
solicitado pela Comissão de Segurança Pública à Secretaria de Estado
de Defesa Social, requerendo que sejam disponibilizadas vagas para
os menores infratores G.R.S., J.F.G. e J.T.S. na Superintendência de
Atendimento às Medidas Sócio-Educativas (Same). Essa medida
atenderia à decisão da Justiça de Primeira Instância da 1ª Vara da
Comarca de Mariana.
O deputado Sargento Rodrigues (PDT) solicitou o
convite a mais uma autoridade para participar da audiência da
comissão no dia 7 de junho, que discutirá o Projeto de Lei 1.847/04,
que prevê normas de segurança para a carga e descarga de valores em
estabelecimentos financeiros. Rodrigues pediu que fosse também
convidado o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de
Valores do Estado de Minas Gerais, Alvimar Geraldo Marinho.
Deputado quer apuração de crimes envolvendo
Apac
Comentando a reunião da comissão na última
terça-feira em Itaúna para discutir problemas na Apac, Sargento
Rodrigues disse que as denúncias trazidas na ocasião não podem
deixar de ser investigadas. Ele ressalvou que concorda que o método
da Apac é o melhor na recuperação de presos, mas que há desvios.
Segundo Rodrigues, os dois presos da Apac denunciados estavam em
regime aberto e cometeram crimes graves: um estuprou e o outro matou
sua ex-mulher a tesouradas.
O deputado citou o desembargador Joaquim Alves de
Andrade, que teria dito que o preso em regime aberto não deveria ir
para a Apac. Rodrigues endossou essa opinião, afirmando que o
detento nesse regime ficaria pouco tempo na instituição, o que
impossibilitaria a completa assimilação do método Apac. Ainda para o
parlamentar, na reunião em Itaúna o major, que teria outras
denúncias a fazer em relação à Apac, teria sido censurado pelo
Comando da Polícia Militar e pressionado pelo Judiciário.
"Precisamos ocupar a tribuna e exigir uma posição do presidente da
Assembléia sobre o caso", exigiu.
Sobre a visita que o presidente da Comissão de
Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo (PT), fez a Itaúna na
última segunda-feira (23), Rodrigues disse que não foi a comissão
que foi à cidade, mas apenas Durval. Rodrigues afirmou que Durval
Ângelo deveria também ouvir as vítimas, e não apenas o lado dos
bandidos. Defendendo seu colega de bloco partidário, a deputada Jô
Moraes (PCdoB) afirmou apenas que queria recuperar o direito do
deputado Durval Ângelo de ter opinião diferente da Comissão de
Segurança Pública.
Presenças - Deputados Zé
Maia (PSDB), presidente; Sargento Rodrigues (PDT) e Jô Moraes
(PCdoB).
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